A iniciativa do governo federal de distribuir cargos de segundo escalão para alavancar o apoio de partidos à reforma da Previdência dá sinais de que vai naufragar, de acordo com a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo.
A lista de opções que chegou ao Congresso é insuficiente para atender a todas as siglas que poderiam se alinhar ao Planalto. Há mais: fatia expressiva dos postos tem vínculo com o Nordeste e não atenderia a parlamentares do Sul e Sudeste. Dirigentes de legendas dizem ainda que as negociações estão mal conduzidas, sem sinal de conclusão.
Comandantes de partidos de centro e centro-direita avaliam também que a decisão de liberar R$ 10 milhões em emendas por ano pode fidelizar alguns votos, mas não todos. Deputados que atuam na ponta de lança da articulação tinham, em gestões anteriores, nacos mais importantes para exercer influência.
Alguns dirigentes dizem que a reforma da Previdência avançou até aqui apoiada no prestígio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mas que a força dele “tem limites” e que ninguém vai “comprar briga com professor e policial” só com base nos apelos do democrata.
Bahia Notícias