Morreu neste domingo Carlos Amadeu Nascimento Lemos, de 55 anos – ele sofreu ataque cardíaco e faleceu na Arábia Saudita, onde trabalhava desde agosto. Conhecido como Carlos Amadeu no futebol, ele foi jogador, campeão brasileiro pelo Bahia em 1988, e era treinador. Teve passagens pela base e pelo profissional do Vitória – conquistou o Brasileiro sub-20 -, do Bahia e estava no Al-Hillal.
Depois da convocação de Gabriel Menino, procurei o treinador – um autêntico bom baiano, pelo temperamento, bom humor de Salvador – para conversar um pouco das lembranças que tinha deste jogador. Foi titular com ele na maioria das partidas do Sul-Americano sub-20 em 2019, no Chile, que acompanhei direto de Rancagua. Amadeu me atendeu pelo Skype, tarde da noite, no quarto do hotel onde vivia. Falamos por um tempo.
Sempre sereno, com uma paz de espírito até para falar daquele último time que dirigiu na seleção. Lembrei a ele que Gabriel Menino, Tetê, Emerson, Igor Gomes e outros estavam como destaques de seus times e eram tão contestados naquela competição. Na mesma conversa, abordou extracampo de jogadores, tentando passar conhecimento sobre o que faz um atleta demorar a “estourar”.
Perfil
Em agosto, Amadeu aceitou proposta do Al-Hillal e foi trabalhar no sub-20 na Arábia Saudita. A notícia foi publicada nesta tarde pelo jornal “O Globo” e confirmada pelo clube árabe. Amadeu sofreu ataque cardíaco e morreu na residência em que vivia no país árabe.
Nos últimos dias, ele publicou os bons resultados que vinha obtendo pelo clube, com sequência de oito partidas invictas. Sempre com sorriso largo, quase sempre de máscara, com cuidados pelo novo coronavírus. Ele deixa a mulher Dora e os filhos Ricardo e Matheus.