Além de distribuir 130 milhões de preservativos e 9,9 milhões de sachês de gel lubrificante, o Ministério da Saúde vai investir na prevenção combinada por meio de atividades educativas e ampliação do acesso a novas tecnologias, como testagem rápida (incluindo fluido oral), profilaxia pós-exposição e profilaxia pré-exposição.
Com o intuito de proteger a população das doenças sexualmente transmissíveis durante o período carnavalesco, todas as ações da campanha “Pare, pense e use” serão executadas a partir desta sexta-feira (1º).
Neste ano, a prioridade são os homens com idade entre 15 e 39 anos, grupo mais afetado pelo vírus HIV. Dos 30.659 novos casos de HIV registrados no País em 2017, 73% afetaram pessoas do sexo masculino.
Como funciona
Os testes rápidos podem ser realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Eles são indicados para quem passou por uma situação de risco. O exame também é considerado uma forma de prevenção, uma vez que permite que o tratamento seja iniciado a tempo de evitar a disseminação do vírus e da doença no organismo.
Nas UBSs, profissionais habilitados coletam o material biológico do paciente e realizam a testagem, que pode ser feita com amostra de sangue ou de fluido oral. Os testes rápidos não indicam a presença do vírus no organismo, mas a dos anticorpos que a pessoa produz quando detecta a infecção pelo HIV.
Outras formas de prevenção oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP) e a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PreP). A primeira ocorre por meio de medicamentos antirretrovirais que impedem o vírus de se instalar no organismo após uma relação sem preservativo.
Já a segunda, a PreP, é destinada a pessoas que tenham maior chance de entrar em contato com o vírus, como as populações em maior situação de risco e aqueles com episódios frequentes de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ITSs) e uso repetitivo de PEP. Ela também está disponível no SUS e consiste na ingestão diária de um comprimido que impede que o vírus causador da Aids infecte o organismo.
Números
Em todo o Brasil, estima-se que 866 mil pessoas vivam com o vírus HIV. A taxa de detecção da doença é de cerca de 18,3 casos a cada 100 mil habitantes, com uma média de 40,9 mil casos novos a cada ano.
Além das ações de prevenção e conscientização, o governo federal oferece tratamento gratuito para o HIV/AIDS. Desde 2013, 593 mil pacientes foram ou continuam sendo tratados. A maior parte (87%) faz uso de um dos melhores medicamentos do mundo, o dolutegravir, também disponível gratuitamente na rede pública de saúde.
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