Pioneiro em trabalhos cênicos de dança de salão formados por pessoas LGBTQIA+, o Casa 4 vai comemorar o Dia Internacional da Dança (29 de abril) com a realização do autoral “Me Brega, Baile!”, em uma curta turnê que passada Salvador, Alagoinhas e Jacobina. Abrindo a agenda, no dia 27 de abril (quinta-feira), o coletivo apresenta o espetáculo em Alagoinhas, no Sesc Alagoinhas. No dia seguinte (28), segue para Jacobina, com apresentação no Sesc Jacobina. Nos dias 29 (sábado) e 30 (domingo), o grupo volta para Salvador levando o “Me Brega, Baile!” para o Teatro Gregório de Mattos. Os ingressos, para cada apresentação, custam R$20/R$40, à venda no Sympla ou na bilheteria dos teatros (somente nos dias das apresentações).
“Me Brega, Baile!” surge a partir de desejos de dançar a dois e questionar a restrição de exibição de afeto entre dois homens. “O espetáculo se constituiu como um ambiente brega e cheio de amor para todas as pessoas que quiserem participar e dançar conosco”, conta o co-fundador do Casa 4, Alisson George, explicando que há a interação com o público, convidado a dançar junto. O coletivo, formado por Marcelo Galvão, idealizador do projeto, Alisson George, Carlos Henrique Araújo e Leandro de Oliveira – diretor do espetáculo – nasceu a partir das experiências de homens gays em dança de salão, que se uniram para compartilhar histórias vividas nestes ambientes.
O Casa 4 vem despontando no cenário nacional por seu caráter pioneiro e inovador de promover dança de salão para o público LGBTQIA+, criando uma grande rede profissional e de afetos durante sua trajetória. Já participou do Festival Mova-se (AM), Festival Internacional de Dança do Recife (PE), Encontro Contemporâneo de Dança de Salão (SP), Congresso Contemporâneo de Dança de Salão (BH) e o Palco Giratório, que promoveu o espetáculo e outras ações, como oficinas, em vários estados brasileiros. “Somos o primeiro grupo a pensar a dança de salão a partir da perspectiva LGBTQIA+ e trazer questões interseccionais para cena, e pensamos também a dança de salão de uma maneira contemporânea e questionando questões de misoginia, machismo, homofobia, entre outras frequentemente vistas nestes ambientes de danças em pares”, defende Marcelo Galvão.