Imagens do circuito interno de segurança de um shopping da cidade São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba) revelam um encontro da família Brittes com testemunhas do assassinato do jogador Daniel Corrêa, no mês passado. O vídeo foi exibido na edição desta segunda-feira (10) do programa Balanço Geral, da RecordTV.
O empresário Edison Brittes, a esposa Cristiana e a filha do casal, Allana, são vistos na praça de alimentação do estabelecimento com três rapazes que estavam na cena do crime.
O trio está preso em um complexo penitenciário na região metropolitana de Curitiba. Segundo o delegado Amadeu Trevisan, que preside o inquérito policial, todos deverão ser indiciados por homicídio qualificado.
A intenção do assassino confesso ao chamar os rapazes para conversar no shopping, segundo a polícia, era combinar as versões que seriam apresentadas para ocultar a participação no crime. Todos deveriam dizer que o jogador saiu sozinho e por conta própria da casa, sem dizer para onde iria.
De acordo com as testemunhas, Edison fez ameaças ao dizer que pretendia criar um “elo de confiança” entre o grupo e, caso a história fosse descoberta, ele saberia de onde teria saído o vazamento da informação.
Edison usava celular de um morto
A polícia descobriu que o chip do celular pertencente a Edison Brittes está em nome de um homem assassinado em 2016. O número foi utilizado por Edison para conversar com a mãe do jogador assassinado por ele e dar as condolências à família. O aparelho foi entregue aos policiais pelo proprietário da loja de celulares em que o casal Brittes esteve dias depois do crime.
Moto de traficante
Os investigadores também apreenderam uma moto onda CBR 1000Rs Repsol com Edison Brittes. O promotor João Milton Salles, que acompanha o caso pelo Ministério Público do Paraná, disse em entrevista ao programa Balanço Geral, que o veículo pertencia a um traficante e suspeitou da relação entre o criminoso e o empresário.
“Foi uma situação que saltou aos olhos. Pegamos a placa e qual não foi a surpresa ao ver que a moto pertence a uma pessoa condenada a penas altíssimas por trafico de drogas. E ele [Edison] está com essa moto há bastante tempo. Ninguém usa o patrimônio de um patrão do tráfico de drogas [sem ter ligação com o dono]”, afirmou o promotor João Milton Salles.
R7