Oficialmente, o verão só começa no dia 21 deste mês, mas na prática as altas temperaturas já estão levando os baianos com mais frequência a ambientes como praia e piscina. Na “estação sol”, a incidência de infecções urinárias aumenta por algumas razões, tais como desidratação, permanência com roupa de banho por longos períodos, relações sexuais desprotegidas, entre outras. Algumas mudanças de hábito, como beber mais água, evitar roupas úmidas, trocar fraldas e absorventes com mais frequência, usar camisinha e urinar após as relações sexuais, ajudam a prevenir o problema. O tratamento depende do órgão afetado e dos sintomas, mas na maioria das vezes a doença é tratada com antibióticos.
Também conhecida como Infecção do Trato Urinário (ITU), a infecção urinária é causada por germes – fungos, vírus e, mais frequentemente, bactérias -, e pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário: próstata, rins, ureteres, bexiga e uretra. Os sintomas dependem do órgão atingido, mas na maioria das vezes ocorre dor no baixo ventre, onde fica a bexiga, ardor ao urinar – nos casos de cistite (infecção na bexiga) e uretrite (infecção na uretra) -, e febre, quando a infecção ocorre na próstata (prostratite) ou no rim (pielonefrite). O diagnóstico, geralmente, é realizado através de exame de urina (urina tipo I e urocultura) e, se necessário, exames laboratoriais adicionais. Em alguns casos, é preciso realizar exames de imagem (ultrassonografia, tomografia ou até ressonância magnética) para melhor avaliar a gravidade e a presença de fatores agravantes.
Causas – Uma das causas comuns é a presença de cálculo urinário, que obstrui o ureter e facilita a proliferação de bactérias. A atividade sexual sem preservativo também ajuda a “empurrar” bactérias para o interior da bexiga ou uretra. Segundo o urologista integrante do Robótica Bahia – Assistência Multidisciplinar em Cirurgia, Frederico Mascarenhas, mais de 85% das ITUs são causadas por bactérias do intestino ou da vagina. Contudo, as bactérias que penetram no trato urinário são geralmente expulsas por meio da ação de limpeza da bexiga ao se esvaziar. “Como no calor a perda de líquidos pelo suor e pela respiração é maior, a produção de urina é reduzida, fato que pode dificultar a ‘limpeza’ do trato urinário. Por isso é importante beber bastante água neste período do ano”, recomendou o especialista.
As mulheres são mais afetadas principalmente porque possuem a uretra mais curta que os homens, o que facilita a locomoção de bactérias até a bexiga. “Após a menopausa, a mucosa da uretra e da vulva ficam fragilizadas devido à deficiência hormonal, o que reduz a imunidade local, facilitando ainda mais a penetração de bactérias”, alertou Mascarenhas. Nos homens idosos, o crescimento benigno da próstata ocasiona dificuldade de esvaziamento da urina e funciona como meio de cultura para o crescimento de germes. Já nas crianças, a causa mais frequente é a malformação do aparelho urinário, como refluxo de urina da bexiga para o rim, duplicidade do ureter e dilatação da bexiga e da uretra.
Outro fator que contribui para elevar o número de casos é o fato das pessoas passarem mais tempo com roupas de banho, o que aumenta a umidade nas partes íntimas, promovendo mudanças na população de bactérias comuns dessa região e causando o desequilíbrio que propicia o desenvolvimento de infecções. “Homens e mulheres devem evitar passar muito tempo com roupa íntima molhada e devem dar preferência a roupas íntimas feitas de algodão”, pontuou o urologista.
Tratamento – O tratamento com antibióticos por via oral é o mais comum, contudo nos casos mais graves, em pacientes com imunidade baixa ou portadores de outras enfermidades, pode ser necessária internação para uso de antibióticos mais potentes, endovenosos. “O não tratamento pode implicar em disseminação de bactérias para a corrente sanguínea, causando uma infecção generalizada, e até causar morte. Vale frisar que alguns germes que causam Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), quando não tratadas, podem levar à infertilidade”, destacou Frederico Mascarenhas. Alguns medicamentos que aumentam a imunidade local na bexiga podem ser indicados nos casos de infecção urinária de repetição. “Consultar com brevidade um urologista em caso de suspeita de infecção urinária é fundamental”, completou Frederico Mascarenhas, um dos sete urologistas do R.B.
Sobre o grupo – “Homem e robô a serviço da vida” é uma frase que traduz a essência do Robótica Bahia – Assistência Multidisciplinar em Cirurgia, grupo de especialistas de diferentes áreas com ampla experiência em Cirurgia Robótica criado com o propósito de difundir a cirurgia robótica e seus benefícios. Com o objetivo de tornar-se referência em procedimentos robóticos no estado, o grupo contempla assistência, ensino e pesquisa na área, e se diferencia pela larga experiência de seus integrantes, excelência técnica, foco no paciente, atendimento humano e ético, desenvolvimento técnico-científico e medicina personalizada. Além do urologista Frederico Mascarenhas, integram o R.B. os urologistas André Costa Matos, Augusto Modesto, Breno Dauster, Ricardo Santos Souza, Maurício Sanches Jorge e Marcos Leal; o coloproctologista Euler Ázaro Filho e o cirurgião do aparelho digestivo Paulo Amaral. Interessados em saber mais podem acessar o site roboticabahia.com.br ou os perfis do R.B. no instagram (@roboticabahia) e facebook (/roboticabahia).