O secretário-geral da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Walter Feldman, afirmou, na noite da última quarta-feira (13), que neste momento é totalmente possível a realização de todos os campeonatos do calendário da entidade, no masculino e feminino (Brasileiro, Copa do Brasil) ainda neste ano, incluindo o término dos estaduais.
Ele observou que a entidade está trabalhando com esse objetivo, planejando como será o retorno, sempre com base na situação da atual pandemia causada pelo novo coronavírus.
“Juntamos toda nossa equipe e montamos todos várias possibilidades, com tudo muito bem estabelecido e pensado. Concluímos que, neste momento, é totalmente possível termos o calendário completo. Se daqui a pouco a curva da pandemia se alongar, o cenário será outro. As questões de saúde são prioritárias. Mas, neste momento, é possível completar a temporada sem nenhuma mudança estrutural”, confirmou ao R7, logo após ter participado de uma live pela Fisesp (Federação Israelita do Estado de São Paulo).
Feldman não quis antecipar nenhuma data, mas admitiu a possibilidade da temporada ser estendida até janeiro de 2021.
“Estamos trabalhando com várias possibilidades, fazendo um planejamento minucioso, mas não vamos falar em nenhuma data, para evitar especulações. Há contratos a serem respeitados e tudo precisa ser muito bem definido. Só admitimos a possibilidade de utilizar o mês de janeiro do próximo ano para complementar algumas competições”, afirmou.
Em relação aos campeonatos estaduais, a entidade acredita que o diferente impacto da pandemia em cada região precisa necessariamente ser levado em conta. Neste sentido, cada Federação poderá definir o melhor formato para conseguir encerrar a competição. Com isso, algumas fases poderão ser aceleradas.
“Daremos autonomia para as federações e clubes definirem o modelo para encerrar a competição, da forma que acharem adequada”, destacou.
Ele garantiu que o retorno antecipado de alguns clubes aos treinamentos e até o retorno do futebol em outros países não estão influenciando no planejamento da entidade. Mas que a retomada das atividades seria importante, devido à relevância do futebol para o país, como expressão cultural e dentro da cadeia produtiva, representando 0,72% do PIB nacional.
“Decisões externas não serão fontes de pressão. A nossa decisão será interna, a pressão é grande, mas não cederemos a pressões políticas ou econômicas. Nossa visão será baseada na segurança em saúde, na certeza de que todos os protocolos serão seguidos e irão funcionar”, completou.
R7