Durante este mês de dezembro, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) vai desenvolver ações educativas e mobilizações sociais na região do Subúrbio de Salvador, com foco na vigilância da esquistossomose, doença parasitária transmitida através do caramujo e de água doce contaminada.
As atividades serão coordenadas pelo setor de Educação e Mobilização Social do CCZ junto à Subcoordenação de Ações Básicas (Sucab) e o Setor de Vigilância e controle de Animais Sinantrópicos (Sevas). A intenção é orientar a população sobre a importância de conhecer a doença, os meios de transmissão e, principalmente, de prevenção nos Distritos Sanitários e comunidades que o CCZ têm monitorado coleções hídricas na capital.
A estratégia foi iniciada na terça-feira (3) e segue até o próximo dia 18, das 8h às 17h. São realizadas palestras em sala de espera, bem como orientações em estandes informativos com maquetes e quiz interativo, e ocorrerão primordialmente nas Unidades de Saúde da Família (USF) Colinas de Periperi (dias 3, 4, 11 e 12), Nova Constituinte (dias 5,6,13 e 16) e Beira Mangue (9, 10, 17 e 18).
“Estamos intensificando as ações educativas por meio de palestras, uso de maquetes ilustrativas e jogos interativos nas unidades de saúde, para que de forma lúdica, a população possa entender os aspectos e riscos da doença, além de como se prevenir”, explica o chefe do setor de educação e Mobilização Social do CCZ, Péricles Pires.
Doença – A esquistossomose é uma doença parasitária causada pelo verme Schistosoma mansoni. O ciclo de transmissão da esquistossomose ocorre quando o indivíduo que tem a doença elimina os ovos do verme por meio das fezes. Os ovos eclodem e liberam larvas que infectam os caramujos que vivem nas águas doces. Após quatro semanas, as larvas abandonam o caramujo na forma de cercárias e ficam livres nas águas naturais. O ser humano adquire a doença através do contato com as águas contaminadas.
Os sintomas da esquistossomose podem variar de acordo com a fase da doença e a intensidade da infecção. Na fase aguda, que ocorre nos primeiros dois meses de infecção, costuma ser assintomática, mas quando há sintomas podem se observar febre, dor de cabeça, calafrios, dores musculares, coceiras e alergias na pele e até emagrecimento. Já na fase crônica o indivíduo infectado pode sentir palpitações, impotência, coceira na região anal, sangue nas fezes, endurecimento e aumento do fígado, além de diarreia constante alternada com prisão de ventre.
Foto: Valter Pontes/Secom PMS