Fiéis de todas as idades se reuniram na manhã desta quinta-feira (27) no Santuário Santa Dulce dos Pobres, em Salvador, para celebrar os 10 anos do templo, localizado no bairro do Bonfim. A igreja tem capacidade para mil pessoas sentadas e recebeu somente 30% do público, por causa das medidas de restrição impostas pela pandemia.
Os devotos chegaram cedo ao local para prestar homenagem ao Anjo Bom da Bahia e, por não poder lotar o templo, algumas pessoas acompanharam a missa do lado de fora. O evento também foi transmitido pelas redes sociais do Santuário.
A missa desta quinta-feira teve início por volta das 8h30, presidida pelo Dom Dorival Souza, bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador. A programação teve início com a canção Doce Luz, hino composto especialmente para a cerimônia de canonização de Santa Dulce, em outubro de 2019.
Logo após, seguiram os ritos da missa, o ato penitencial, exaltação à santíssima trindade, sermão e eucaristia, dirigidas pelos sacerdotes que conduziram a celebração.
O frei Geovanni Messias, atual reitor do templo, destacou o clima de festa pela primeira década do templo dedicado a Santa Dulce dos Pobres e destacou o que ela sempre pregava: o serviço e amor ao próximo.
“Estamos vivendo um clima de muita alegria porque, após a canonização, temos a graça de celebrar 10 anos deste santuário dedicado à primeira santa baiana e brasileira de nossos tempos. É um sinal de esperança, um sinal de amar e servir, que é justamente o desejo de Santa Dulce dos Pobres”, comentou.
O pároco fez questão de ressaltar a importância do acolhimento, tão pregado pela então freira Dulce, mesmo em tempos de distanciamento.
“Nesse tempo de pandemia, a gente não pode dar o abraço, tocar as mãos. Mas a gente pode tocar o coração. Eu acredito que Santa Dulce dos Pobres nos dá esse testemunho. Esse é o essencial da nossa vida”, disse o frei, que é o terceiro reitor desde a dedicação do santuário a Santa Dulce”.
Pela celebração dos 10 anos, o local vem recebendo programações especiais desde o início de maio, com a participação de fiéis e admiradores da vida e obra de Santa Dulce, além de profissionais que atuam nas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), localizada ao lado do Santuário.
O local onde funciona o santuário foi construído em 2003, como a Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em homenagem à congregação de mesmo nome, a qual Irmã Dulce pertenceu.
O rito de transformação do local para santuário aconteceu em 27 de maio de 2011, que passou a se chamar Santuário da Imaculada Conceição da Mãe de Deus.
Santuário
É no santuário onde ficam guardadas as Relíquias — Foto: Diego Barreto/G1 Bahia
A igreja começou a ser erguida em 2002, a partir da Campanha do Tijolo, com a ajuda de fiéis e das doações. A localização dela é o mesmo onde, na década de 1940, Irmã Dulce construiu o Círculo Operário da Bahia e o Cine Roma.
É no Santuário que estão depositadas as relíquias (termo utilizado para designar o corpo ou parte do corpo dos beatos ou santos) de Santa Dulce, em um espaço chamado Capela das Relíquias.
Em setembro de 2019, o local passou por uma nova reforma, ganhando um túmulo de vidro com uma efígie em tamanho real da freira baiana. Logo abaixo da imagem, que muito se assemelha à santa, está a urna que guarda os restos mortais do Anjo Bom da Bahia.
G1