Centrais sindicais e movimentos sociais convocaram trabalhadores baianos a paralisar as atividades nesta sexta-feira (30)
O ato foi convocado pela exigência da saída do presidente Temer, pela manutenção dos direitos já adquiridos e pelo respeito ao voto popular que a CUT Bahia, em parceria com as demais centrais sindicais e movimentos sociais confirmaram para a próxima sexta-feira (30/06), uma greve geral nacional contra a reforma da Previdência e mudanças na legislação trabalhista propostas pelo governo Michel Temer.
O último movimento que teve a proposta de paralisar o Brasil, ocorrido em 28 de abril, levou milhares de pessoas as ruas e recuos consideráveis no Congresso Nacional. “É desse jeito que o trabalhador conquista direitos. É no peito, na luta, na raça, nas ruas. Não conheço uma luta que foi ganha na história do sindicalismo brasileiro sem lutar”, destacou o presidente da Central baiana, Cedro Silva.
Para o presidente cutista a iniciativa de mobilizar os trabalhadores neste dia nacional através de assembléias na porta das fábricas, atraso e paralisação nas atividades; tem um significado muito maior que o desejo de protesto contra as medidas insanas que estão sendo tomadas pelo governo Temer e a exigência da sua saída do poder. “ O sentimento dos trabalhadores é de revolta. Estamos construindo há meses um intenso trabalho de conscientização popular através das ações de rua, panfletagens e assembléias, são estas ações que possibilitaram o aumento da adesão a greve geral dos trabalhadores baianos e brasileiros”, pontuou.
O que vai parar
Os rodoviários afirmaram que não vão paralisar as atividades. “Os ônibus vão sair no horário normal e 100% da frota estará na rua”, assegurou Edson de Souza, diretor de esporte e lazer do Sindicato dos Rodoviários. Porém, os trabalhadores vão participar da manifestação no horário oposto ao turno de serviço.
Os bancários vão aderir à paralisação e agências bancárias devem estar fechadas em todo o Estado. Já o Sindicato dos Vigilantes vai fazer uma ação pela capital mobilizando os trabalhadores a deixarem os seus postos de serviço, inclusive atrasando a abertura de agências do INSS.
Os servidores do serviço público de saúde prometem paralisar o atendimento ambulatorial, suspendendo a realização de consultas e exames. Já os pacientes internados continuarão recebendo atendimento, mas em escala reduzida, já que os profissionais vão trabalhar em regime de feriado. Os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos normalmente. As Dires de todo o Estado deverão estar fechadas nesta sexta.
Os professores de escolas do Ensino Básico também vão aderir ao movimento, mas a paralisação não terá impacto porque as unidades de ensino estão em período de férias escolares. Já na Ufba, muitos professores optaram por suspender as aulas nesta sexta-feira.
A Prefeitura de Salvador informou que o expediente das repartições públicas municipais será normal durante a paralisação sindical. A administração advertiu que os servidores que faltarem sem justificativa terão os pontos cortados. De acordo com a Secretaria Municipal de Gestão (Semge), cada caso de ausência, se houver, será avaliado individualmente, inclusive levando em conta uma eventual paralisação de ônibus.
De acordo com a CUT, a lista de categorias que vão participar do movimento nacional inclui ferroviários; petroleiros; químicos; servidores públicos federais, estaduais e municipais; previdenciários; correios; vigilantes; bancários; metalúrgicos; comerciários; professores; Sintel; Sindiferro; Sindicato dos profissionais em pesquisa; Sindiborracha; Sindicatos da agricultura familiar; Sintercob; e Sindalimentação.
Con informações do Correio*
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