Queijos de leite de cabra, derivados de frutas da caatinga, umbu, maracujá do mato, licuri, mel de abelha, castanhas, achocolatado, cervejas artesanais, licores e cachaças são alguns dos produtos que podem ser encontrados no Armazém da Central da Caatinga. O novo espaço de comercialização da agricultura familiar, inaugurado nesta terça-feira (6), fica na Praça do Jacaré, no centro do município de Juazeiro, no Território de Identidade Sertão do São Francisco.
Coma gestão da Central da Caatinga, o armazém tem o apoio do Governo da Bahia, por meio do Pró-Semiárido, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). “Quando você compra por R$10 uma geleia de umbu, R$ 8 de cada pote daquele vão para a comunidade rural, na mão do produtor que produziu aquela geleia, vai para a mão da mulher que catou o umbu. Isto é, vai para a mão das pessoas que beneficiou. E os outros 20%, 30%, vão também para as pessoas que trabalham ali para a Central da Caatinga. Ou seja, os recursos vão circular aqui na nossa região. Então, isso aqui é uma estratégia para a agricultura familiar se fortalecer”, afirma o diretor-presidente da CAR, Wilson Dias.
A Central da Caatinga existe formalmente desde 2016, reunindo cooperativas e grupos informais que trabalham com a comercialização e/ou beneficiamento de produtos de origem vegetal e animal, a partir do extrativismo sustentável da caatinga ou da produção apropriada, uma proposta de convivência com o semiárido.
O presidente da Central da Caatinga, Adilson Ribeiro, destaca que o principal objetivo da entidade é facilitar a comercialização de toda produção das cooperativas e grupos, fortalecendo assim a presença da agricultura familiar nos diversos mercados e garantindo renda para as famílias envolvidas.“Produtos de outras regiões também poderão ser encontrados no armazém, o que se efetivará a partir de parcerias, a exemplo da que já foi firmada com a Central do Cerrado, oferecendo oportunidade ao consumidor de ter acesso a produtos da agricultura familiar típicos de outras regiões e com a mesma proposta de sustentabilidade ambiental e social”, ressaltou.
Oportunidade de vendas
A Rede Mulher, que congrega diversos grupos produtivos do Sertão do São Francisco, demonstrou expectativa com o novo espaço. Jaciara Ladislau, que integra a rede, comentou que essa será mais uma oportunidade que os empreendimentos estão tendo e que vai reanimá-los.
O novo espaço será um local fixo e de fácil acesso para a população. Ele representa mais uma porta aberta para garantir o escoamento da produção. O armazém ainda tem a parceria do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa), Projeto EcoForte/Fundação Banco do Brasil, Projeto Bem Diverso/Embrapa/PNUD.
Secom