Com o pagamento do 13º salário a economia baiana deve receber, até dezembro de 2017, cerca de R$ 8,57 bilhões. O valor representa 3,87% do total do Brasil e 26,9% da região Nordeste, de acordo com um levantamento divulgado nesta quarta-feira (8) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com os dados, este montante equivale a 3,5% do PIB estadual. Aproximadamente 4,7 milhões de baianos serão beneficiados com o pagamento do 13º salário, o que representa 5,61% do país. Do valor total a ser pago com o benefício na Bahia, os empregados formalizados ficam com 61,6% (R$ 5,27 bilhões), os beneficiários do INSS com 31,9% (R$ 2,73 bilhões), os aposentados e pensionistas do Regime Próprio do estado com 5,74% (R$ 492,5 milhões) e os do Regime Próprio dos municípios com 0,8% (R$ 6,85 milhões). O Bahia Notícias conversou com o economista e analista da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), Denilson Lima, que deu dicas de como os baianos devem utilizar o valor recebido. De acordo com o economista, as pessoas devem primeiro pensar em quitar dívidas, principalmente aquelas com instituições financeiras, em que há cobrança de juros. “O mais recomendado é, se a pessoa tiver condições, antecipar o pagamento de dívidas em instituições financeiras, porque se você pede R$ 1 mil emprestado no banco, você não paga somente esses R$ 1 mil. Antecipando o pagamento você tem a chance de quitar a dívida e ainda pagar menos juros”, afirmou. O economista disse ainda que as dívidas com distribuidoras e prestadoras de serviço, mesmo que não cobrem juros, também precisam de atenção, e o dinheiro extra do 13º é uma oportunidade de ficar livre delas. “Distribuidoras de luz, internet, energia, escola de filho, que cobram multa pelo não pagamento na data e mora (cobrança de um percentual por cada dia de atraso), apesar de possuírem custos adicionais bem menores do que de um empréstimo no banco, devem ter atenção. O ideal é sempre quitar todas as dividas”, afirmou. Para aqueles que não possuem contas atrasadas, Denilson Lima sugere que considerem guardar o valor do benefício para os gastos que surgem no início do ano: “Se não tiver dívidas, deve-se pensar no futuro e considerar as contas do início de ano, como matrícula na escola, fardamento, material escolar, IPVA, etc”. O economista fez ainda um alerta para o uso consciente do cartão de crédito. “Ele é uma ferramenta de postergação do pagamento e não complemento de renda. Esse é um grande erro cometido pelas pessoas. O cartão de crédito deve ser usado com parcimônia”, sinalizou. “Aqueles que optarem por fazer compras, se puderem, devem pagar à vista. Assim você paga e fica livre de obrigações futuras”, acrescentou.
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