Um homem apontado como chefe de uma quadrilha especializada em lavagem de dinheiro proveniente do tráfico internacional de drogas foi preso junto com a esposa em um condomínio de luxo, em Salvador, durante uma operação da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta quinta-feira (2).
Além dos dois mandados de prisão preventiva cumpridos no Condomínio Alphaville, a operação, batizada de “Prelúdio”, foi deflagrada também nos municípios de Valença e São Paulo para cumprimento de seis mandados de busca e apreensão, além de bloqueio de valores em contas bancárias e sequestro de bens adquiridos com recursos do tráfico de drogas.
Os alvos dos mandados de prisão são de São Paulo, mas, conforme a PF, moram em Salvador, local onde o chefe da organização criminosa cumpria prisão domiciliar por ter sido preso, junto com outras duas pessoas, em outubro de 2016, em poder de 810 kg de cocaína na região metropolitana de Salvador.
O chefe também teve mandado de prisão cumprido em agosto de 2017, quando descumpriu determinação judicial de prisão domiciliar ao tentar embarcar para São Paulo com uso de documento falso. Os nomes dos alvos da ação não foram divulgados.
Trinta policiais federais participam da operação nesta quinta-feira. Conforme a PF, a ação partiu de uma investigação relativa à apreensão dos 810 Kg de cocaína.
A droga seria enviada para a Bélgica, escondida em uma carga de polpa de frutas, em um contêiner. A investigação apontou também que os investigados já tinham sido presos no ano de 1993 pela mesma prática, quando tentavam enviar cocaína para os Estados Unidos através do Porto de Fortaleza.
Além disso, segundo o órgão, foi possível identificar que o chefe da organização criminosa utilizava empresas de fachada, sediadas na cidade de Valença, para realizar exportações de cargas lícitas, onde eram ocultadas as drogas transportadas para a Europa.
Também foi comprovado que ele construiu um patrimônio superior a R$ 30 milhões nos últimos anos, mesmo sem possuir uma atividade lícita para a obtenção desse montante, e que, entre 2010 e 2017, movimentou mais de R$ 54 milhões em contas bancárias dele e da esposa.
Os investigados, informou a PF, irão responder pelos crimes de organização criminosa.
G1