Gente não entendo lhufas de patrimônio e tombamento, mas observando do alto os restos de antigos casarões no Comércio da Velha Salvador – região onde vários são tombados – chego à conclusão de que manter apenas paredes carcomidas (alguns telhados têm árvores dependuradas) é um grande perigo.
Ontem tivemos o desabamento de um casarão na Soledade (3 mortos). Quantos outros terão que desabar para chegarmos ao entendimento de que nunca serão reformados e continuarão enfeiando e ameaçando a paisagem em diversos locais?
Os casarões da foto são das imediações da Praça Cayru. O que acredito é que Governos Estadual e Federal e Prefeitura deveriam chegar a um consenso e permitir que se dê algum destino a vários desses imóveis que certamente continuarão servindo de abrigo para a população de rua (muitos para viciados e traficantes). Risco iminente, sempre.
Uma ideia seria promover um concurso público ou concorrência, onde os participantes pudessem indicar “soluções” e propostas. Salvar alguns prédios, derrubar outros e transformá-los em pousadas, moradias para baixa renda, restaurantes; reformar os imóveis que ainda apresentem condições e assim reavivar áreas centrais. Dar vida ao invés de permitir que o destino as tire.
Falo sem conhecimento de causa, apenas assustado com a tragédia da noite de segunda-feira. Não dá é para ficar esperando qual o próximo a desabar (tem gente que anda pelas ruas centrais do Comércio evitando os passeios… Vá que uma parede dessas desabe…).
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