Malmente Bruninho tinha saído pela porta do apartamento primeiro andar, no conjunto Guilherme Marback, no Imbuí, e começaram as mensagens no celular.
A primeira foi:
– Volte pra mim, eu te amo!
Depois, a série do desespero:
– Não vivo sem você!
-O que vai ser da minha vida?
Daí, iniciaram as mensagens suicidas:
– Vou tirar minha vida!
– Vou comprar chumbinho na feirinha da Boca do Rio!
Passou para as ameaças:
– Você não quer, então vou acabar com sua vida!
– Vou fazer escândalo com seus amigos e no seu trabalho!
Começaram as pequenas maldades. Primeiro, fotos das camisas sociais rasgadas; depois livros despedaçados; em seguida CDs atirados pela janela (até mesmo o do Mamonas Assassinas, autografado).
Veio o pior: uma foto em que a mão dela, com as unhas roídas até a carne, aparecia segurando uma tesoura imensa prestes a arranhar o LP Odair José “Uma Vida Só”, mais conhecido como “Pare de Tomar a Pílula”, uma relíquia de 1973.
Cinco minutos depois e Bruninho estava de volta nos braços de Julinha, jurando amor eterno… E foram felizes para sempre.
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