Essa história já se segue há mais de 2 mil luas
É a saga do Deus homem que morre na sexta-feira
No domingo ressucita, mas o cabra Judas
É malhado, no sábado de Aleluia
Conta o tempo que Judas deixou um testamento
Que todos os anos é lembrado
Deixando para seus fieis
Os frutos do seu tormento
Diz Judas, o traidor: “Deixo para Temer
Presidente golpista, um abraço fraterno
És meu seguidor, meu elo
O homem ideal para vestir minha sina
Para Eduardo, o Cunha, meu parceiro
Deixo óleo de peroba e sebo
Para lustrar a cara de pau
E escorregar faceiro
Deixo para Geddel, as moedas traíras
Para somar aos 51 milhões
E ajudar na descida
Um centavo pra cada merda que fez na vida
Para Cabral, deixo um desafio
Provar que não tem culpa
Em todo o caos, miséria e violência
Que se estendeu no Rio
Pra o Congresso Nacional
Sem medo de ser pessimista
Deixo vergonha na cara e um carro do ovo
Depois de tanto mal, o povo quer tudo novo
Para o povo brasileiro,
Esse mulato izoneiro, deixo sensatez
Para acertar o voto e não enterrar de vez
Essa zorra de Chiqueiro