O cara vai até uma repartição pública para cumprir seu papel de cidadão. Calor infernal em Salvador, usa bermuda, camiseta e tênis para sobreviver ao sol maçaricante. Na recepção do posto de atendimento é barrado pelo segurança que mostra a ele uma placa: “Proibido o acesso de homens usando bermudas e shorts”. Tentou argumentar, mas foi tratado friamente e com desdém.
No dia seguinte, nosso herói volta à mesma repartição. Já não veste bermuda. Trocou-a por um vestido curto, vermelho, sensual. O tênis deu lugar a uma sandália de salto. Para completar o traje, uma peruca loira, batom, pó compacto. Aproveitou, raspou as pernas e a barba, bem rentes.
O mesmo segurança o recepciona. Olha ensimesmado, tensiona algum gesto, olha para dentro da sala e encontra os olhos dos recepcionistas arregalados. Prefere não dizer nada e sequer faz menção de se mover. Nosso herói adentra a repartição, é recebido por um funcionário que lhe pergunta o nome: Dália Perfumosa Morissette, mas na carteira de identidade é José Aparecido de Jesus. O maldito documento é carimbado. A burocracia foi vencida.
Nosso herói volta para casa, conta a história para os filhos e para a mulher. Dão muitas risadas e a vida segue!
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Essa é uma história de ficção. Qualquer semelhança com a realidade terá sido mera coincidência!
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