Algumas cidades baianas decretaram estado de emergência e calamidade pública por causa das fortes chuvas que caem desde o último domingo (1º). Não há registro de feridos.
Um desses municípios foi Almadina, que fica na região sul. De acordo com o secretário de Assistência Social, Antônio Brito, de domingo até esta terça-feira (3), 250 famílias foram atingidas pelas chuvas fortes que caem no sul da Bahia. Elas perderam móveis e eletrodomésticos.
Até a segunda-feira (2), ao menos 12 famílias atingidas ficaram desalojadas. Duas foram abrigadas em uma escola pública e outras dez preferiram ficar na casa de familiares. Nesta terça, todas essas famílias já haviam retornado para casa.
No decreto, a prefeitura de Almadina informou que a cidade registrou 100 mm de chuva. Ainda segundo o secretário, duas casas correm risco de desabamento e uma outra desabou parcialmente.
A prefeitura está servindo alimentação para as famílias, porque mesmo que esses moradores já tenham voltado para casa, eles perderam mantimentos com a chuva.
Uma das principais áreas afetadas foi a região do Largo da Paz, que ficou totalmente alagada. Por lá, a água da chuva atingiu uma altura de cerca de meio metro.
Ibucuí
A cidade de Ibicuí também decretou estado de calamidade pública por causa das chuvas intensas. Na publicação, a prefeitura afirma que várias casas foram alagadas. O G1 tentou contato com a prefeitura para saber se houve desabrigados, mas não conseguiu falar até a última atualização desta reportagem.
Itabuna
A prefeitura de Itabuna, no sul da Bahia, decretou situação de emergência por causa do estrago causado pela chuva. Parte de uma casa no bairro São Roque desabou. Ninguém ficou ferido.
Não havia ninguém no local no momento do desabamento pois, segundo vizinhos, a família que mora no imóvel fica em alerta nos dias de chuva e deixa a casa devido à preocupação com riscos de desabamento.
Coaraci
As fortes chuvas que atingem o sul da Bahia deixaram pontes submersas e famílias desalojadas em diversas cidades da região. A prefeitura de Coaraci, também no sul da Bahia, decretou situação de emergência por causa da chuva. Não há detalhes dos estragos no município.
Outras cidades
As cidades de Irecê e Juazeiro, no norte da Bahia, também estão sofrendo com os efeitos das chuvas. Na primeira, o estado de emergência também devem ser publicado no Diário Oficial.
Em Irecê, a chuva causou alagamentos em casas, ruas, na delegacia e no Hospital Regional Dr. Mário Dourado Sobrinho. O município registrou em 24 horas, 138,4 mm de chuva. A média esperada para o mês inteiro de novembro é de 100 mm.
Cerca de 100 famílias ficaram desalojadas e foram encaminhadas para escolas da região. O volume de água foi tão grande que cobriu carros estacionados pelas ruas de Irecê.
Já Juazeiro amanheceu com muita chuva, alagamentos e lama ficou espalhada pela cidade. Uma ponte para passagem de pedestres foi levada pela força da água. Segundo a prefeitura de Juazeiro, choveu 130 mm entre a tarde de segunda e a madrugada desta terça-feira.
A prefeitura não tem detalhes sobre desalojados, mas não há informações de feridos ou desaparecidos.
Doações
Na tarde desta terça-feira, o Corpo de Bombeiros divulgou uma campanha para receber donativos para as vítimas da chuva que atinge a Bahia. Roupas em bom estado para uso, alimentos não perecíveis e água já podem ser entregues em qualquer quartel do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA) da capital e interior. É importante que as roupas estejam limpas e os alimentos sejam verificados o prazo de validade.
“Como serão levados para as cidades mais atingidas do interior, é imprescindível que as pessoas observem os prazos de validade, se estiverem muito próximos do vencimento não é aconselhável que sejam entregues nas nossas unidades. Com isso, queremos minimizar o sofrimento daquelas pessoas que perderam bens materiais com a precipitação”, explicou, em nota, o comandante-geral do CBMBA, coronel BM Francisco Telles.
O objetivo é que os donativos sejam entregues o quanto antes. As equipes dos bombeiros já estão atuando em cidades como Itabuna, Irecê, Vitória da Conquista e Rio de Contas, cidades mais atingidas pelo alto índice pluviométrico. Os trabalhos acontecem em conjunto com as defesas civis municipais.
G1