Em Salvador, o NTCO já conta com o serviço de cirurgia metabólica. O procedimento representa um avanço considerável da medicina
e traz resultados promissores no controle da diabetes tipo 2. O Conselho Federal de Medicina reconheceu a cirurgia como tratamento para a doença em dezembro de 2017.
Um tratamento cirúrgico traz uma nova perspectiva para os pacientes portadores de diabetes mellitus Tipo 2, doença que acomete principalmente pessoas obesas ou com sobrepeso. Trata-se da cirurgia metabólica indicada para pessoas que não conseguem controlar a diabetes e podem sofrer as complicações da doença. O NTCO (Núcleo de Tratamento e Cirurgia da Obesidade), centro de referência em cirurgia bariátrica, em Salvador, passa a disponibilizar também o tratamento cirúrgico para a diabetes. A indicação da cirurgia metabólica para o tratamento de pacientes com diabetes foi normatizada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) com a resolução Número 2.172/2017. O procedimento é indicado para pacientes diagnosticados com diabetes mellitus Tipo 2 (DM2) há menos de dez anos, que possuam Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 30 Kg/m2 e não consigam controlar a doença com o tratamento clinico e mudanças no estilo de vida. A cirurgia pode ser realizada em pacientes entre 30 e 70 anos no máximo.
O procedimento é uma variante da cirurgia bariátrica. A diferença é a indicação. Enquanto a bariátrica é indicada para promover o emagrecimento de pacientes com obesidade, a cirurgia metabólica tem como objetivo principal o controle da diabetes.
‘A cirurgia metabólica promove uma mudança no eixo hormonal, contribuindo para a maior produção da insulina e a queda da glicose com o consequente controle da diabetes”, esclarece o cirurgião Erivaldo Alves, diretor do NTCO e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).
O procedimento é considerado seguro e os resultados, geralmente, são percebidos a curto prazo. “A cirurgia não garante a cura, mas possibilita o controle da diabetes, uma doença importante e sistêmica que atinge todos os órgãos. O paciente resgata sua saúde e sua qualidade de vida”, ressalta Erivaldo Alves.
Segundo o médico, “dificilmente um paciente obeso e portador de diabetes, que é submetido à cirurgia, sofre apenas de diabetes, pois a obesidade por si só já pode desencadear inúmeras complicações e comorbidades, como as doenças cardiovasculares, hipertensão, dislipidemia (colesterol e triglicérides elevados), esteatose hepática (acúmulo de gordura nas células do fígado), apneia do sono e artropatias (doenças das articulações)”.
De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, a doença atinge mais de 425 milhões de pessoas no mundo e cerca de 13 milhões de brasileiros. A diabetes tipo 2 é a mais comum e representa 90% dos casos da doença, caracterizada pela produção reduzida de insulina pelo pâncreas ou por uma falha do organismo na ação da substância, que tem a função de metabolizar a glicose para produção de energia. A doença é associada aos hábitos de vida. “Obesidade, sedentarismo e má alimentação são fatores de risco para o desenvolvimento da doença”, afirma Erivaldo Alves.
Sobre o NTCO
O Núcleo de Tratamento e Cirurgia da Obesidade (NTCO), que completa 18 anos em 2019, atua no tratamento clínico e cirúrgico da obesidade e suas comorbidades. Como agente social na luta contra a doença, o NTCO conta com equipe multidisciplinar com cirurgiões, endocrinologista, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo, pneumologista, educador físico e fisioterapeuta, oferecendo todo suporte necessário para uma abordagem integral do paciente. A clínica é dirigida pelo cirurgião bariátrico, Erivaldo Alves, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM).