A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) disse hoje (12) que uma recuperação mais sólida do ritmo de atividade econômica no setor de serviços do país ainda está “relativamente distante”. Segundo a entidade, os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgados hoje (12), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comprovam a realidade da situação do setor.
A previsão da CNC é que o setor feche o ano de 2016 com perda de 4,9% em volume de receitas, ressaltando que, de 2012 a 2015, a receita real do setor variou positivamente em 2012, 2013 e 2014 (+4,3% e +4,1% e +2,5%, respectivamente), mas fechou 2015 já em queda de -3,6%.
A entidade lembra que o setor de serviços é o maior empregador do país, respondendo por 43% da atual força formal de trabalho.
Apesar do cenário, a CNC acredita que 2017 pode ser melhor, tendo em vista “a confiança dos empresários, a aceleração no corte de juros e o fechamento menos intenso de vagas de trabalho”.
Os comentários da CNC foram feitos com base nos números do IBGE e que indicam resultados ainda tímidos, com resultados predominantemente negativos nos dados sazonalizados.
Receitas crescem apenas 0,1%
A entidade disse que os números do IBGE indicam que, em novembro de 2016, o volume de receitas do setor de serviços cresceu apenas 0,1%, na comparação com outubro, interrompendo uma sequência de três quedas mensais consecutivas da série com ajustes sazonais – mesmo crescimento do volume dos serviços.
Apesar do resultado positivo, uma recuperação mais sólida do ritmo de atividade econômica no setor terciário ainda se encontra relativamente distante, uma vez que, na comparação com o mesmo mês do ano passado, houve retração de 4,6%, a vigésima seguida, lembra Fabio Bentes, economista da CNC.
Para ele, “as perdas reais de receitas seguem assolando os cinco grupamentos de atividades da PMS desde abril de 2016”. Sendo assim, segundo o economista, “quando da divulgação dos resultados de dezembro, o setor de serviços terá confirmado 2016 como o ano de pior desempenho em volume de receitas desde o início da pesquisa”.
Agência Brasil