De olho nos Jogos Olímpicos de Tóquio que foram adiados para 2021, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) está estudando levar atletas para treinar em países que tenham superado a pandemia do coronavírus. Segundo o diretor de esportes da entidade, Jorge Bichara, a ideia é colocar o plano em prática no curto prazo enviando os principais nomes para o exterior.
“Esse é um dos nossos planos, buscar locais onde você consiga ter uma condição de treinamento com segurança e qualidade. Ao longo dos anos, fizemos um grande mapeamento dos locais de preparação. Nesse momento em que não podemos errar, o dinheiro é curto e o tempo escasso, então ir para lugar que já conhecemos e sabemos o que teremos de equipamentos é uma grande vantagem”, afirmou em entrevista ao site GloboEsporte.com.
O orçamento do projeto é um dos obstáculos, devido a alta do dólar e do euro. Além disso, o fechamento das fronteiras de alguns países também é um entrave. Bichara também citou alguns países que seriam o destino dos atletas.
“A questão da alta do dólar e do euro, isso compromete, mas é uma estratégia sim a ser considerada. Ir com alguns atletas para o exterior, onde a situação já possa estar controlada (…) Agora depende da política de trânsito internacional. Eles têm todo direito de se fechar e criar restrições a estrangeiros. É um momento de aguardar”, comentou. “Portugal é uma opção boa, para esportes como atletismo, handebol e canoagem. Espanha, nas Ilhas Canárias, tem centros de natação, a Nova Zelândia é interessante para a vela. Na Turquia tem um centro bom de natação. Nos Estados Unidos, mesmo com um milhão de casos lá, tem alguns centros, como na Califórnia. A Alemanha seria interessante, assim como a Coreia, especialmente no tiro com arco. Então esse mapeamento existe e estamos atentos a isso”, disse.
No Brasil, os clubes e principais centros de treinamento estão fechados e ainda sem data para a reabertura.
Bahia Notícias