O Comitê Olímpico Internacional (COI) vai punir os atletas que fizerem protestos durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, marcados para acontecerem em 2021 devido a pandemia do coronavírus. Ao jornal inglês The Telegraph, nesta quarta-feira (10), a entidade prometeu manter-se fiel à regra 50 da Carta Olímpica e “não será permitida nenhuma demonstração ou propaganda política, religiosa ou racional nas venues olímpicas, instalações e outras áreas”.
A proibição inclui gestos, não apenas se ajoelhar no chão ou levantar o braço em direção ao céu com o punho cerrado. No entanto, o COI disse ao periódico britânico que tudo segue valendo e não especula “casos hipotéticos 13 meses antes das Olimpíadas”.
Recentemente, o mundo do esporte tem aderido aos protestos contra o racismo e prestado homenagens ao ex-segurança George Floyd, brutamente assassinado pelo policial Derek Chauvin, no dia 25 de maio deste ano, em Minneapolis, nos Estados Unidos. Personagens das mais diversas modalidades esportivas tem se posicionado favoráveis às manifestações. No futebol, a Fifa solicitou e foi atendida pela Federação Alemã que não punissem os jogadores que demonstraram apoio ao movimento durante as partidas.
Protestos nos Jogos Olímpicos são raros, mas já aconteceram em algumas edições. Em 1968, nas Olimpíadas da Cidade do México, os velocistas negros americanos Tommie Smith e John Carlos abaixaram suas cabeças com os braços e punhos cerrados em protesto contra a desigualdade racial no pódio. Já em 2016, no Rio de Janeiro, a maratonista etíope Feyisa Lilesa levantou os braços e cruzou os pulsos na linha de chegada em apoio aos protestos de sua tribo Oromo contra os planos do governo do país em realocar terras agrícolas.
Por causa da pandemia do coronavírus, os Jogos Olímpicos de Tóquio foram remarcados para acontecer entre os dias 23 de julho e 8 de agosto de 2021. Enquanto que os Jogos Paralímpicos serão entre 24 de agosto e 5 de setembro.
Bahia Notícias