O que fazer com os restos de alimentos que sobram das atividades diárias na cozinha? Em Caetité, no sudoeste baiano, aproximadamente 4 toneladas de materiais orgânicos, como são chamados esses tipos de resíduos naturais, são recolhidos todos os meses em estabelecimentos comerciais, instituições, hospitais e escolas públicas do município. O trabalho é resultado de uma prática sustentável capitaneada pelo projeto Circuito do Lixo, uma iniciativa da BAMIN em parceria com a Cooperativa de Coleta Seletiva de Caetité (Coopercicli). Todo o material recolhido pelos trabalhadores é transformado em cerca de 2,5 toneladas de composto orgânico mensalmente, evitando o desperdício e promovendo a reutilização com efeitos positivos para a natureza.
O composto, ou adubo orgânico, é vendido na feira livre de Caetité às sextas e sábados, e todo o valor arrecadado é revertido para os recursos da Cooperativa, que atualmente mantém 30 trabalhadores em atividade, com uma renda mensal de R$ 1.200 cada um. Graças à atuação desses cooperados e com o apoio da BAMIN, o projeto Circuito do Lixo também promove na cidade de Caetité a coleta seletiva, que ocorre de porta em porta das residências por todos os bairros da sede do município e também no distrito de Brejinho das Ametistas. A cidade possui nove pontos de entrega voluntária, os ecopontos, onde os moradores podem depositar materiais como vidro, plástico, papel, papelão e metal em coletores sinalizados.
Na coleta de resíduos orgânicos para a compostagem, os cooperados da Coopercicli prestam todas as informações e orientações necessárias aos estabelecimentos cadastrados e entregam um recipiente específico para a coleta dos restos de alimentos, apropriado para o acondicionamento. Diariamente, esses resíduos orgânicos são recolhidos e levados para o processo de produção do composto orgânico na sede da cooperativa.
Lá, é realizada a compostagem, ou seja, o processo de reciclagem do lixo orgânico, transformando os resíduos das sobras de alimentos em um adubo natural, que poderá ser usado na agricultura, em jardins e plantas, substituindo o uso de produtos químicos. O processo também contribui diretamente para a redução do aquecimento global, uma vez que esse material transformado em adubo deixa de ir para os aterros sanitários e, assim, não gera o gás metano, que é um dos principais causadores do efeito estufa. Fazem parte do lixo orgânico todos os resíduos que têm origem animal ou vegetal: restos de alimento, folhas, sementes, restos de carne e ossos, por exemplo, que sofrem um processo de decomposição natural.
MINHOCÁRIO – Parte do adubo orgânico proveniente da coleta seletiva é direcionado para a manutenção do minhocário, outra vertente do Projeto Circuito do Lixo em parceria da BAMIN com a Coopercicli. O espaço mantém cerca de 10 mil minhocas californianas, para a produção de húmus, que também tem como finalidade a utilização como um fertilizante natural. Mas a função primordial do minhocário ainda é promover a educação ambiental, já que o espaço recebe periodicamente a visita de estudantes das escolas públicas de Caetité e região. Ainda produzido em pequena escala, parte do húmus é comercializado pelos cooperados na feira livre de Caetité.
HORTA ORGÂNICA – Outra iniciativa importante mantida pelo projeto Circuito do Lixo junto à cooperativa é a horta orgânica, com a colheita de alimentos totalmente livres de resíduos químicos e agrotóxicos. Para a fertilização da plantação de 200 metros quadrados, os cooperados utilizam o húmus produzido no minhocário e parte do composto orgânico proveniente da coleta seletiva. Todos os alimentos colhidos são distribuídos entre os 30 cooperados da Coopercicli.
Sobre a empresa
A BAMIN está construindo um novo corredor logístico de integração e de exportação para a mineração e para o agronegócio para o Brasil, investindo R$ 20 bilhões nos projetos que incluem a Mina Pedra de Ferro, em Caetité, na Bahia, e os projetos de soluções de logística integrada: Porto Sul, em Ilhéus, e o Trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste – FIOL, que ligará Caetité a Ilhéus, com 537 km de extensão. A previsão é de que a FIOL Trecho 1 e o Porto Sul estejam prontos em 2026.