Nesta quarta-feira (27), é celebrado o Dia Nacional da Doação de Órgãos. A data é importante para a conscientização da sociedade, que deve estar alerta sobre a situação das mais de 30 mil pessoas na fila de espera por um transplante. Nesse aspecto, o Brasil mostrou avanços significativos no último ano: o número de doadores bateu recorde e a Força Aérea Brasileira (FAB) passou a manter uma aeronave em solo exclusivamente para transporte de órgãos para transplante.
O presidente Michel Temer assinou decreto, em 6 de junho de 2016, que determinou a disponibilidade de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para este fim em todo o território nacional. Até 23 de setembro deste ano, foram transportados 364 órgãos: 174 fígados, 95 corações, 52 rins, 18 pâncreas, 15 pulmões, 6 tecidos ósseos, 3 baços e 1 linfonodo. O desafio é fazer que os órgãos dos doadores cheguem aos receptores. O tempo de isquemia, que é o período necessário e viável entre a retirada do órgão e o transplante, pode durar apenas quatro horas, no caso do coração e dos pulmões.
De acordo com a FAB, as missões incluem várias etapas. A primeira é buscar a equipe médica, que pode estar em cidade diferente da localidade do esquadrão; em seguida, levar a equipe até o doador, aguardar a retirada do órgão e transportá-lo até o receptor. A última etapa é aguardar a cirurgia de transplante e retornar com a equipe para a localidade de origem.
O pedido é demandado pela Central Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde pelo Comando de Operações Aeroespaciais (Comae). A FAB realiza o transporte por meio de sete Esquadrões de Transporte Aéreo (ETA). Eles estão localizados na região Norte do País (Belém e Manaus), no Sudeste (Rio de Janeiro e Guarulhos), no Centro-Oeste (Brasília), no Sul (Canoas) e no Nordeste (Recife). Conforme a distância entre o doador e o receptor, o COMAE determina a unidade que realizará a missão.
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