Nos últimos anos, o setor despontou e ampliou a produção de vinhos, sucos, cervejas, refrigerantes, águas de coco e mineral
Por possuir excelente potencial aquífero e frutífero, boa localização para distribuir a produção e oferta de mão de obra, a Bahia se destaca no segmento de bebidas. Nos últimos 10 anos, grandes cervejarias como Heineken, Itaipava, Ambev e Proibida, além das marcas de água de coco Obrigado, mineral Indaiá e o vinho Miolo se instalaram para crescer. E tem dado certo. O setor disparou e atingiu R$ 1,7 bilhão em investimentos e gerou 9 mil empregos diretos.
“Os investidores confiam na Bahia, tendo em vista que desde 2007 o estado entrou numa eficiência administrativa e transparência na divulgação de dados, além dos estudos econômicos que permitem ações planejadas. Temos aqui um ambiente de negócios sólido e estável”, destacou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Luiza Maia.
Para além do sucesso na implantação de indústrias, o segmento está ampliando mais do que o previsto, conforme apontam dados dos protocolos de intenção assinados com o Governo do Estado.
A Heineken, por exemplo, decidiu ir além. Depois de adquirir a Brasil Kirin, vai investir mais R$ 140 milhões, a partir deste ano, na ampliação e modernização de sua planta em Alagoinhas, conforme protocolo assinado em 2017. Com aproximadamente 1 mil colaboradores diretos, o novo projeto vai empregar diretamente mais 40 pessoas e outras 300 indiretamente. A cervejaria diz que a Bahia é um mercado importante para a companhia: “A fábrica segue investindo em sua planta na região, com adequações tecnológicas para o desenvolvimento e a produção sustentável, de acordo com o padrão de qualidade Heineken já reconhecido pelos consumidores”.
A marca Proibida informou investimentos da ordem de R$ 19,3 milhões somente no exercício de 2016. Contudo, através de análise dos balanços dos exercícios de 2013 e 2016, foram verificados investimentos de cerca de R$ 116 milhões em inversões fixas. Ou seja, aproximadamente 273% a mais do montante previsto inicialmente.
A Ambev, com sua fábrica em Camaçari, investiu o dobro do prometido. Pulou de R$ 150 milhões para R$ 300 milhões na ampliação, empregando mais de 1,1 mil trabalhadores.
Na onda positiva de bebidas tem também o vinho da Miolo, que deve investir no município de Casa Nova mais R$ 20 milhões na ampliação, consolidando a vinícola como fomentadora do Enoturismo na região – outro vetor de desenvolvimento econômico, que conta ainda com as belezas e paisagens do Velho Chico.
No total, a Bahia possui 22 fábricas de bebidas instaladas e os maiores beneficiados do setor são os municípios de Alcobaça, Alagoinhas, Feira de Santana, Dias D’Ávila, Camaçari, Ipiaú, Conquista, Salvador, Simões Filho, Una, Eunápolis, Juazeiro e Casa Nova.