Um “comboio de consciência” partiu de Istambul, nesta terça-feira (6), rumo à cidade de Hatay, na fronteira da Turquia com a Síria, para chamar a atenção sobre a precária situação das mulheres sírias neste sete anos de guerra no país.
A iniciativa tem como inspiração o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, quando o comboio de ônibus chegará à fronteira, com cerca de 2.000 mulheres de dezenas de países, segundo informações da Reuters.
Segundo a organização do comboio, a vulnerabilidade das mulheres é uma das maiores marcas dessa guerra, que já matou mais de 320 mil pessoas e deslocou outras milhões de seus lares.
Mais de 6.736 mulheres, incluindo 417 meninas estão em prisões do país, locais nos quais, segundo entidades internacionais, os direitos humanos têm sido constantemente desrespeitados.
No total, em torno de 13.500 mulheres foram submetidas a algum tipo de tortura, estupro ou tratamento desumano nessas prisões, segundo os organizadores. O governo do presidente Bashar al-Assad nega tais afirmações.
Até mesmo aquelas que não passaram pelo cárcere, vivem um outro tipo de “prisão”, com milhões de mulheres e meninas sendo expostas à violência e ao tráfico sexual, segundo informações da ONU (Organização das Nações Unidas). Elas também se ressentem mais com o colapso econômico e as precárias condições de saúde do país neste momento.
R7