Comer ovos aumenta ou não a taxa de colesterol do corpo? Essa questão vem sendo debatida há anos, mas um estudo da Universidade Northwestern, de Chicago, nos Estados Unidos, publicado na revista médica JAMA, chegou a uma conclusão.
Segundo a pesquisa, quem consome três ou quatro ovos por semana, ou 300 mg de colesterol por dia, tem maior risco de desenvolver doenças cardíacas e também de morte prematura em relação às pessoas que comem menos quantidade do alimento.
O estudo acompanhou 29.615 pessoas por 17 anos e meio. Durante esse período, foram registrados 5.300 eventos cardiovasculares, sendo 1.302 AVCs (acidentes vasculares cerebrais) fatais ou não, 1.897 incidentes de insuficiência cardíaca fatais ou não e 113 mortes por outras doenças cardíacas. Os demais 6.132 participantes morreram de outras causas.
A conclusão foi que aqueles que consumiam mais de 300 mg de colesterol por dia apresentaram um risco 3,2% maior de desenvolver doença cardíaca e 4,4% mais chance de morte precoce para todas as causas.
A cada ovo a mais consumido por dia foi associado um risco de 1,1% maior de doença cardiovascular e 1,9% de morte prematura.
Uma das razões da inconsistência de estudos anteriores pode ter sido a falta da relação estabelecida entre o consumo de ovos e comportamentos não saudáveis, como sedentarismo, tabagismo e dieta inapropriada. Outro ponto que deve ser levado e conta que é alimentos que contêm colesterol geralmente também são ricos em gordura saturada e proteína animal, segundo a pesquisa.
O atual estudo ressalta que incluiu uma avaliação abrangente desses fatores.
Embora o foco desse estudo seja a quantidade de ovos consumidos, nutricionistas entrevistados pela rede norte-americana de TV CNN destacaram a importância de não consumir ovos crus e da escolha de acompanhamentos saudáveis. O equilíbrio na alimentação foi apontada como a chave para a saúde.
R7