Apesar de não priorizar o isolamento e o uso de máscaras ao longo da pandemia, o governo de Donald Trump deixa um legado forte na questão da imunização. Com a operação “Warp Speed” (“velocidade de dobra”, expressão do seriado Star Trek), os EUA investiram mais de US$ 10 bilhões (cerca de R$ 54 bilhões) em seis vacinas diferentes, entre elas a da Pfizer e da Oxford/AstraZeneca para combater o novo coronavírus.
Em seu discurso de despedida, Trump disse se orgulhar de ter sido o primeiro presidente em décadas a não colocar o país em novas guerras. Além de retirar tropas norte-americanas de locais como o Iraque e a Síria, a administração também buscou um acordo de paz com o Talibã para encerrar a guerra mais longa da história do país, no Afeganistão, que já dura mais de 18 anos. O tratado foi assinado em fevereiro do ano passado, mas ainda está em implementação.
Além do acordo com o Talibã, o governo Trump também buscou intermediar tratados de paz entre diversos países. Com isso, Israel voltou a ter relações diplomáticas com os Emirados Árabes, Bahrein, Omã e Sudão. Outro acordo de paz importante foi intermediado entre Sérvia e Kosovo.
A negociação entre Donald Trump e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ocupou os noticiários durante boa parte dos quatro anos de mandato. Os dois se encontraram três vezes. A primeira reunião foi em Cingapura, em junho de 2018. A segunda, em Hanói, no Vietnã, em fevereiro de 2019. Na terceira, em junho do mesmo ano, Trump se tornou o primeiro presidente norte-americano a pisar no território da Coreia do Norte.
Antes da pandemia tomar os EUA, Trump era o franco favorito à reeleição, especialmente pelo desempenho na parte econômica. Em 2018 e até fevereiro de 2020, a taxa de desemprego ficou sempre abaixo dos 4%, o valor mais baixo em quase 50 anos. A paralisação das atividades econômicas por conta da covid-19 colocaram um fim nisso e fizeram o desemprego disparar até chegar a 14,7% em maio do ano passado.
R7