O brasileiro está endividado, de acordo com os números do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) 63,4 milhões de pessoas estão com dívidas em atraso. O desemprego e, principalmente, as altas taxas de juros cobradas no rotativo do cartão de crédito e cheque especial se transformaram em vilões do bolso do consumidor. Confira quais são os piores formas de endividamento:
Cartão de crédito só é um problema quando não é usado de forma consciente. Gastar mais do que ganha é o primeiro passo para cair no endividamento e não pagar o valor total da fatura é dor de cabeça na certa. Os juros do rotativo passam de 300% ao ano. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, feita pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), o cartão de crédito foi apontado por 75% das famílias entrevistadas como o principal motivo de dívida.
Compras a prazo com juros e o velho crediário também são responsáveis pelo endividamento dos brasileiros. Como demonstra a pesquisa, carnês (16,5%) e financiamento de carro (10,7%) comprometeram o orçamento das famílias em todo o país.
Embora o número de cheques devolvidos tenha sido menor nos últimos 8 anos — o índice que mede o volume de cheques devolvidos pela segunda vez por falta de fundos atingiu 1,83% em julho na comparação com 1,99% em junho, conforme a Serasa Experian — os juros cobrados no cheque especial são altos e também ultrapassam os 300% ao ano.
Em tempos de altas taxas de desemprego e instabilidade econômica é preciso ficar atento antes de fechar um financiamento. No geral, financiar a casa própria exige o pagamento de prestações ao longo de 20, 30 anos. A dica dos especialistas é ficar atento a taxa de juros, comparar entre bancos para escolher a mais baixa, e dar uma entrada de pelo 25% do valor do imóvel. Só entrar em um financiamento se tiver certeza que as parcelas e valores cabem no orçamento.
O empréstimo consignado é descontado diretamente do salário ou da aposentadoria, o que faz com que parte da renda fique comprometida. A vantagem é o fato de ser uma das linhas de crédito mais baratas do mercado, tem menos burocracia para contratar até porque os bancos têm garantia de recebimento e a liberação do dinheiro na conta é rápida. De acordo com dados do Banco Central, as linhas de empréstimo pessoal tradicional podem chegar a 22% ao mês, as do consignado variam de 1,22% a 6,27% ao mês.
R7