O governo federal, nos Estados Unidos (EUA), pode ter nova paralisação, a segunda este ano, caso os líderes no Congresso não aprovem hoje (8) uma nova peça orçamentária. O Orçamento atual, aprovado em janeiro, após uma paralisação de três dias, cobre despesas somente até a meia-noite desta quinta-feira.
Os líderes no Senado, o republicano Mitch McConnell, e o democrata Charles Schumer, anunciaram nessa quarta-feira (7) ter chegado a um acordo entre os dois partidos, após reunião durante a noite para aprovar o financiamento do governo por dois anos. Antes disso, Shumer havia dito que não aprovaria uma solução para o Orçamento sem um acordo para o futuro dos jovens beneficiários do Daca – o programa de ação para imigrantes que chegaram na infância.
O Orçamento a ser votado teve um aumento de gastos federais de mais de US$ 400 bilhões. As despesas de defesa e as despesas domésticas são as principais causas do acréscimo orçamentário.
O acordo para este Orçamento está sendo costurado em cima de negociação e promessas de que republicanos manterão no projeto de lei sobre imigração o Daca, programa que protege cerca de 800 mil jovens da deportação e permite que eles trabalhem e estudem no país. Além disso, democratas são contrários à construção do muro na fronteira com o México.
O presidente Donald Trump e a bancada republicana aceitam manter o Daca, mas querem recursos para a construção do muro, ponto polêmico e que tem forte posicionamento contrário dos democratas.
A extensão do Daca deverá ser votada até 23 de março e é ponto decisivo para o apoio democrata.
Se o acordo para votar o Orçamento não for mantido no plenário hoje, o país poderá viver novamente, a partir de amanhã (9), a segunda paralisação em menos de um mês.
Em janeiro, milhares de funcionários públicos ficaram três dias sem salários, repartições públicas e parques federais, como a Estátua da Liberdade em Nova York, ficaram fechadas ao público pela ausência do Orçamento, não votado justamente por falta de acordo sobre o Daca e a construção do muro na fronteira com o México.
Agência Brasil