Você vai comprar um carro usado de uma pessoa física (o dono do automóvel) ou jurídica (concessionária ou loja) e não conhece o histórico do vendedor. Se é honesto, se tem tradição, se tem ficha limpa ou suja…
Então, atenção para tudo e para todos, principalmente da pessoa física, pois é um negócio não coberto pelo código de defesa do consumidor: não há o que se chama de “relação de consumo”.
Entre as várias maracutaias para se enganar o freguês, tem o “upgrade” do modelo. No caso de loja, o carro usado entrou para o estoque como a versão mais simples da gama. Mas contava com vários equipamentos de uma versão superior, mais luxuosa. Entretanto, no mercado de usados, contar com vários equipamentos de uma versão mais sofisticada nem sempre valoriza o carro . Qual é a esperteza da loja? Troca as plaquinhas de identificação lá na tampa do porta-malas, na lateral do para-lama, e troca por uma outra que deixa mais “chique”. E mais caro.
O que o desonesto não consegue é trocar a versão no documento do carro, onde costuma vir exatamente a que saiu de fábrica. É onde, em geral, se percebe a maracutaia. Continua em dúvida? Ligue para o 0800 da fábrica com o número do chassi que você mata a charada na hora.
Outra safadeza: o carro usado estava com os pneus “carecas”, já exigindo substituição. Mas, sai muito mais barato leva-los ao borracheiro para serem “frisados”. Uma operação proibida mas muito praticada: com um ferro aquecido e alguma habilidade, os sulcos da banda de rodagem que estavam quase acabando são “aprofundados” para dar a impressão de que ainda rodam mais algum tempo.
Uma operação irresponsável pois se compromete a integridade do pneu. Por mais talentoso que tenha sido o borracheiro, a “frisagem” não é perfeita e não é complicado perceber a maracutaia.
R7