Agora, porém, elaboramos a lista com as marcas mais procuradas. E há algumas surpresas, como veremos a seguir:
As marcas de moto mais desejadas
1. Honda
É absolutamente natural que a líder absoluta de vendas no mercado brasileiro seja a mais procurada nas pesquisas dos internautas na Webmotors. A marca tem muitos modelos em linha e muitos outros já fora de linha que ainda são cobiçados, a obtenção de peças para suas motos é quase sempre bem fácil e poucas Honda não têm liquidez no mercado de usadas.
2. Yamaha
A vice-líder segue a mesma lógica da primeira colocada – apenas em uma escala um pouco menor. A Yamaha tem uma legião de fãs, muitos modelos antigos e novos são admirados, razoável facilidade na obtenção de peças e liquidez satisfatória para muitos modelos.
3. BMW
A primeira surpresa desta lista é a marca alemã em terceiro, à frente das outras “japonesas” presentes no país. A explicação está no sonho: os modelos da BMW são o desejo de muitos motociclistas, tanto na seara dos trails e big trails – onde, inquestionavelmente, modelos como a F 800 GS e as R 1.200/1.250 GS são referência – quanto no segmento das esportivas, onde a S 1.000 RR foi durante anos (e talvez ainda seja) a moto a ser “batida”.
4. Harley-Davidson
A marca americana em quarto lugar é outra surpresa e, acreditamos, segue padrão parecido com o que vemos no terceiro lugar da BMW. Embora as Harley sejam motos de um segmento bem específico – o das custom -, têm lugar cativo no imaginário de muita gente por serem a referência quando o assunto é moto “estradeira”. Durante muito tempo, ter uma Harley-Davidson era coisa para poucas e endinheiradas pessoas, mas hoje, quando há um número extremamente grande de oferta de usadas, elas estão ao alcance de muito mais gente.
5. Suzuki
Das quatro “japonesas” presentes no mercado brasileiro, a Suzuki é a que atravessa a fase mais estranha. Nos últimos anos, a J. Toledo da Amazônia, que representa a marca no país, enxugou a linha de modelos, tirou de seu portfólio principalmente as motos de baixa cilindrada, reduziu o número de concessionários e foi se dedicar – através de uma empresa “irmã”, a JTZ, às marcas Haojue e Kymco, que vendem justamente motos de baixa cilindrada e scooters. Uma pena, pois a Suzuki sempre teve motos ótimas no país. Para onde será que a marca vai em 2021?
6. Kawasaki
A quarta “japonesa” do país, além de Honda, Yamaha e Suzuki, passou por um longo processo de transição no país. Até o início dos anos 2000 a marca era representada pelo Grupo Ava, um importador e distribuidor bem deficiente. Em 2008, a Kawasaki Motores do Brasil (KMB) assumiu as operações e o Brasil passou a ter uma subsidiária da matriz japonesa, inclusive com linha de montagem em Manaus. Vieram novas concessionárias e modelos inéditos – e entre erros e acertos alguns se tornaram muito queridos e donos de legiões de fãs no país.
7. Triumph
A marca inglesa se enquadra no segmento “premium” no país. Só tem modelos de alta cilindrada, voltados para bolsos bem abastecidos. Mas colhe bons frutos por aqui: tem operações rentáveis e o Brasil se tornou o maior comprador da linha Tiger no mundo. Essa linha, assim como a de “clássicas modernas”, faz com a que a Triumph seja uma marca bem procurada na Webmotors.
8. Ducati
A Ducati já patinou no mercado brasileiro. Durante anos tentou se estabelecer solidamente, mas jamais conseguiu isso de fato: abriu e fechou concessionários, ampliou e reduziu o lineup, sofreu com as crises econômicas. Mas agora parece ter encontrado o caminho certo: abre lojas dentro de concessionárias Audi, e assim aumenta a sua presença sem, no entanto, deixar os custos crescerem além da conta. Além disso, lançou modelos novíssimos, que devem ampliar a nem tão grande, mas muito fiel, base de clientes e fãs. Nós, claro, torcemos pelo time vermelho – e pelo visto muita gente também, já que a marca é a oitava nessa lista de “dez mais”.
9. Dafra
A Dafra Motos iniciou suas operações no Brasil em 2008 com quatro modelos: o scooter Laser 150, a custom Kansas 150, a street Speed 150 e a pequena Super 100. Lá se vão 12 anos com erros e acertos. Os modelos Apache e Smart ganharam prêmios em 2010 e a marca chegou a ser terceira mais vendida do país em 2014, mas alguns modelos não foram tão bem-sucedidos e, de certa forma, atrapalharam as operações da marca. Mas ainda hoje a Dafra segue firme e mantém os scooters como seu principal produto. Não por acaso, está em nossa lista.
10. KTM
A presença da KTM na lista das marcas mais procuradas este ano na Webmotors se deve à curiosidade. Dos motociclistas, que sabem que as motos da marca são interessantíssimas, poderosas e cobiçadas, e por isso buscam conhecê-las mais e saber quanto custam. E nossa, porque sabemos que também são caras e restritas a nichos – além do fato de que a marca ter poucos concessionários e operações limitadas no país. Mas sua presença é importante por ser uma referência em qualidade de produtos, e porque torcemos para que cresça em nosso mercado.
R7