A CoronaVac, primeira vacina utilizada para imunizar a população brasileira da covid-19, deverá ter 46 milhões de doses disponíveis no país até o fim de março deste ano, conforme o cronograma previsto no contrato firmado com o MS (Ministério da Saúde).
No entanto, o Instituto Butantan, responsável pela produção da vacina, em parceria com o grupo biofarmacêutico chinês Sinovac Biotech, junto com o MS, deve confirmar, até o fim desta semana, o acordo para entrega de 54 milhões de doses adicionais da CoronaVac, totalizando 100 milhões de imunizações.
A previsão do presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, é que estas cem milhões de doses sejam entregues até o começo de agosto.
São Paulo já recebeu 6 milhões de doses da vacina produzidas na China, que receberam o aval da Anvisa em 17 de fevereiro para uso emergencial. Outras 4,1 milhões de doses produzidas pelo Instituto Butantan tiveram seu uso autorizado pela Anvisa no dia 22 de janeiro. A estimativa inicial era de 4,8 milhões de doses, que o número foi revisto após envase e conferência da produção. Há, portanto, ao todo, 10,1 milhões de doses da CoronaVac prontas, com aprovação da Anvisa.
Nesta quarta-feira (3), chegará a São Paulo um lote com 5,4 mil litros de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo, a matéria-prima da vacina). A carga, enviada de Pequim, permitirá a produção de mais 8,6 milhões de doses. O Instituto Butantan estima que estas vacinas comecem a ser entregues ao governo federal no próximo dia 25.
Outros 5,6 mil litros de insumos chegarão da China no dia 10 para produzir mais 8,7 milhões de doses. Com as duas cargas de insumos, que chegam neste início de mês, o Butantan estima que a produção chegue a 600 mil doses diárias entre os dias 25 de fevereiro e 15 de março.
As doses previstas para produção com os insumos que chegam nos dias 3 e 10 deste mês somam, portanto, 17,3 milhões, que serão entregues em março. Junto às 10,1 milhões de doses já em circulação, somam 27,4 milhões as doses de CoronaVac, entre produzidas e a produzir.
O estado de São Paulo solicitou a liberação de outros 8 mil litros de insumos e aguarda a resposta do governo chinês.
Pelos cálculos do governo paulista, a produção da CoronaVac pelo Instituto Butantan deixará de depender de insumos da China a partir de outubro. A expectativa é baseada na construção de uma nova fábrica do Butantan, iniciada em 2 de novembro do ano passado.
As instalações devem ficar prontas no dia 30 de setembro e, em seguida, terá início o processo de autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a operação.
A gestão paulista já obteve a autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o uso emergencial dos primeiros lotes da CoronaVac. No entanto, as autoridades da saúde do estado ainda aguardam pela liberação dos imunizantes que serão produzidos com os insumos enviados pelos chineses no mês de fevereiro.
No dia 29 de janeiro, o governo de São Paulo havia entregado ao Ministério da Saúde um lote com 1,8 milhão de doses, completando o total de 8,7 milhões de vacinas até 31 de janeiro previstas em cronograma acordado com a União. De todas as imunizações disponíveis no país até o início de fevereiro, 80% foram fornecidas pelo Butantan.
O governo paulista já distribuiu 1,2 milhão de doses da CoronaVac no estado. A vacinação começou no dia 17 de janeiro com a imunização de profissionais de saúde no (HC) Hospital das Clínicas de São Paulo.
Confira o cronograma da Coronavac:
17 de janeiro — Aprovação pela Anvisa de 6 milhões de doses da CoronaVac importadas da China;
Início da vacinação contra covid-19 no Brasil logo após a aprovação da CoronaVac pela Anvisa, com a imunização de profissionais de Saúde no Hospital das Clínicas de São Paulo;
22 de janeiro — Aprovação de 4,8 milhões de doses da CoronaVac pela Anvisa;
Butantan corrige o número total de doses para 4,1 milhões;
29 de janeiro — Na última sexta-feira (29), São Paulo entregou ao Ministério da Saúde um lote com 1,8 milhão de doses, completando o total de 8,7 milhões de vacinas até 31 de janeiro, previstas em cronograma com o Governo Federal.
1º de fevereiro — Liberação de um segundo lote de 5,6 mil litros de insumos na China para a produção de mais 8,7 milhões de doses;
Pouco mais de 422 mil pessoas haviam sido imunizadas, entre trabalhadores da saúde, indígenas, quilombolas, idosos residentes em instituições de longa permanência e pessoas com deficiência a partir de 18 anos institucionalizados;
3 de fevereiro — Recebimento do primeiro lote com 5,4 mil litros de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) para a produção de 8,6 milhões de doses;
10 de fevereiro — Chegada da carga de 5,6 mil litros de IFA que permitirá a produção de 8,7 milhões de doses do imunizante em São Paulo;
25 de fevereiro — Início da entrega ao Ministério da Saúde das vacinas produzidas com o lote de matéria-prima que chega nesta quarta-feira (3) a São Paulo;
Com as duas cargas de insumos, que chgam nos dias 3 e 10, a produção local deverá chegar a 600 mil doses diárias;
Março — Produção de 17,3 milhões de doses com as duas cargas de matéria-prima enviadas pela China nos dias 3 e 10 de fevereiro;
Entrega de 46 milhões de doses do contrato com o Ministério da Saúde;
Agosto — Previsão de entrega do total 100 milhões de doses da CoronaVac estipuladas no contrato entre o Butantan e o Ministério da Saúde (incluindo as 54 milhões de doses adicionais);
30 de setembro — Previsão de entrega da nova fábrica do Butantan para produção de CoronaVac.
Até o início da tarde de segunda-feira (1), o Vacinômetro de São Paulo registrava pouco mais de 422 mil pessoas imunizadas, entre trabalhadores da saúde, indígenas, quilombolas, idosos residentes em instituições de longa permanência e pessoas com deficiência a partir de 18 anos institucionalizados.
R7