Retirada da obrigatoriedade do uso do equipamento é precipitada, conforme alerta fundação
Com as declarações a respeito da possibilidade de retirada de máscaras no próximo mês, o Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA), órgão que fiscaliza o SUS, vem a público apelar para que o Governo do Estado e prefeituras ouçam o alerta emitido pela Fiocruz. A entidade tem dito que a retirada da obrigatoriedade do uso é precipitada e o CES-BA, por sua vez, defende que as ações públicas devem continuar sendo pautadas pela ciência.
A Bahia tem grande atratividade turística e se aproxima de três datas do calendário festivo que mobilizam a população para viagens: Semana Santa, Dia das Mães e São João. Adotar as máscaras por um período mais longo, sobretudo em espaços fechados, garantirá uma maior segurança para a realização destas festividades.
Além disso, o conselho defende que a flexibilização não pode acontecer de forma igual por toda a Bahia. Os membros do CES-BA reivindicam ser ouvidos nos processos decisórios e argumentam que é necessário analisar os dados de cobertura vacinal contra a covid-19 para liberar da obrigatoriedade as regiões com melhor desempenho.
Essa medida e a cobrança do passaporte vacinal garantirão proteção contra os grupos mais vulneráveis — a exemplo de imunossuprimidos, grávidas e idosos. O estado não pode ser um paraíso de não-vacinados que colocam em risco as vidas destas pessoas.
Por fim, o Conselho Estadual de Saúde da Bahia afirma que também está esperançoso com as flexibilizações, mas reitera que não se deve passar por cima do que diz a ciência.
“Os gestores públicos precisam continuar atentos aos alertas científicos para que a Bahia seja um exemplo de respeito na história do controle da pandemia. Quem dirá se ficaremos livres das máscaras em abril ou em outro momento é a ciência”, diz Marcos Sampaio, presidente do CES-BA.