Falta de investimento em capacitação é um dos fatores para mortalidade das empresas
Diante do cenário político-econômico de instabilidade em que o Brasil se encontra, o administrador Alex Cruz – consultor nas áreas de gestão e marketing para pequenas e médias empresas, destaca o empreendedorismo como grande aposta para o aquecimento da economia.
Segundo Alex, em 2017 a taxa total de empreendedorismo no país (TTE) foi de 36,4% (dados do Relatório Executivo de Empreendedorismo no Brasil, produzido pela Global Entrepreneurship Monitor- GEM em parceria com o SEBRAE), representando assim a expectativa na geração de novos empregos no país.
“Fala-se muito sobre as principais características e habilidades necessárias para que esses empreendimentos avancem do estágio inicial e se consolidem no mercado. Há quem afirme que empreender é um dom, entretanto independente de vocação ou aptidão é impossível ignorar uma questão que apesar de crucial, ainda é pouco explorada: o conhecimento necessário para se gerir um negócio”, explica o consultor.
Quando se pensa na atividade empreendedora, o capital é o principal pré-requisito para a maioria das pessoas, equívoco que leva muitos a começarem a empreender para depois “aprender no caminho”. Isso também é facilmente percebido quando se observa alguns dos cursos de graduação, onde parte dos profissionais de variadas áreas de atuação tem possibilidades de empreender, mas passam anos na universidade sem sequer ter uma disciplina sobre como abrir ou gerenciar o seu negócio.
“Estamos falando de profissionais como médicos, dentistas, engenheiros, arquitetos, advogados, entre outros, que comumente abrem suas empresas ou seus escritórios. Apesar de serem especialistas no labor da sua profissão, possuem pouco ou nenhum conhecimento de como administrar uma empresa. O fato de ser um excelente médico por exemplo, não significa ser um exímio administrador de sua própria clínica”, ressalta Alex.
Apesar do crescimento da atividade empreendedora no país, alguns fatores que ainda precisam ser mais explorados. Segundo o Relatório Executivo de Empreendedorismo no Brasil, 41,6% dos empreendedores não concluíram o ensino fundamental, destes 23,9% são empreendedores iniciais.
“Só iremos avançar e reduzir significativamente a taxa de mortalidade das empresas, quando entendermos o que é necessário de conhecimento específico desde a base, capacitando os profissionais, os empreendedores e a população”, conclui Alex Cruz.