A mediana da inflação esperada pelos consumidores para os próximos 12 meses ficou em 5,0% em janeiro, ante 5,4% em dezembro de 2018, informou na manhã desta quinta-feira (24) a FGV (Fundação Getulio Vargas), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores.
O resultado volta ao patamar de abril de 2018, período em que atingiu o nível mais baixo desde agosto de 2007, quando o indicador estava em 4,9%. Em relação a janeiro do ano passado, o indicador está 0,4 ponto porcentual mais baixo.
“A combinação de inflação atual em queda e diminuição da incerteza com os ambientes político e econômico influenciaram na queda das expectativas de inflação nos últimos três meses. A projeção mediana dos consumidores começa a se aproximar dos níveis das expectativas de especialistas do mercado financeiro (4,1%), numa convergência poucas vezes vista anteriormente, mostrando uma forte ancoragem de expectativas inflacionárias”, avaliou Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do
Consumidor do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da FGV) em nota oficial.
Na distribuição por faixas de inflação, 61,4% dos consumidores projetaram uma taxa dentro dos limites de tolerância da meta de inflação de 4,25% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para este ano, ou seja, entre 2,75% e 5,75%. No mês anterior, esse porcentual era de 53,4,% dos consumidores.
A proporção de consumidores indicando inflação abaixo do limite inferior de 2,75% caiu de 0,9 ponto porcentual, para 3,5% em janeiro.
Com exceção das famílias que possuem renda mensal até R$ 2.100 00, a expectativa de inflação diminuiu em todas as demais faixas de renda em janeiro.
O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.
R7