Vida longa aos amantes de café: de acordo com dois novos estudos realizados sobre os benefícios da bebida, quem bebe ao menos uma xícara de café por dia vive mais do que quem não consome o produto, independentemente do método de preparação ou da escolha entre normal ou descafeinado.
Segundo os estudos, beber 350 ml de café por dia diminui os riscos de se morrer mais cedo em 12% em 16 anos, enquanto três xícaras da bebida a cada 24 horas podem reduzir o risco em 18% no mesmo período.
“Nossos resultados sugerem que um consumo moderado de café, até três xícaras por dia, não é ruim para a sua saúde, e que incorporar café na sua dieta pode ter benefícios para a saúde”, afirmou o doutor Marc Gunter, Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (Iarc) da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A primeira pesquisa, a mais ampla realizada sobre o assunto, foi conduzida por especialistas da Iarc e do Imperial College de Londres em mais de 1,5 milhão de pessoas com mais de 35 anos de 10 países europeus, entre eles a Itália.
Segundo a pesquisa, divulgada nesta segunda-feira (10) na revista científica “Annals of Internal Medicine”, foram analisados em detalhes o consumo de café dos participantes, que faziam parte do estudo Epic (European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition), os modos e técnicas de preparação da bebida de cada um deles e a presença maior ou menor de cafeína em todos os casos.
Os participantes foram monitorados por um tempo médio de 16 anos e todos os que morreram tiveram as causas de suas mortes registradas e levadas em consideração. Durante esse período, 42 mil dos indivíduos participantes da pesquisa acabaram falecendo.
Após considerar o modo de vida dessas pessoas, seus hábitos alimentares e de fumo, os pesquisadores descobriram que o grupo que bebia cotidianamente café estava associado a um risco menor de morte por qualquer causa, principalmente por doenças dos sistemas circulatório e digestivo.
“Nós descobrimos que um consumo maior de café estava associado com um risco menor de morte por qualquer causa, especificamente por doenças no sistema circulatório e digestivo”, disse Gunter.
Já a segunda pesquisa, também divulgada na “Annals of Internal Medicine” nesta segunda, foi conduzida pela norte-americana Southern California University (USC) com uma amostra de 215 mil pessoas, entre elas uma grande proporção de negros, latinos e asiáticos que moram nos Estados Unidos.
R7