Os treinadores não conseguiram controlar Neymar e Mbappé.
Por isso foram demitidos.
Comandar os jogadores é justamente o maior trunfo do argentino Mauricio Pochettino.
Além de conhecer o PSG, onde atuou como zagueiro viril, ríspido.
E foi capitão, em 2002, quando a equipe não tinha força financeira.
Não conseguiu ainda nenhum título como técnico.
Desde 2009 comandou o Espanyol, Southampton e Tottenham. Chegou à vice da Champions League, em 2018/2019, perdendo a final para o Liverpool.
Demitido em 2019 do Tottenham, onde trabalhou por cinco temporadas, chegou a recusar dois convites do Barcelona. O primeiro foi em janeiro de 2020, logo após a demissão de Ernesto Valverde, enquanto a segunda foi mais recente depois da saída de Quique Setién.
O argentino garantiu que só aceitaria trabalhar em uma equipe cujo elenco, ele acreditasse.
O ex-jogador da Seleção Brasileira, Leonardo, é o principal executivo de futebol do PSG. Foi ele quem decidiu a demissão do alemão Tuchel. Principalmente por conta de sua falta de autoridade sobre Neymar e Mbappé.
O inédito vice-campeonato da Champions no ano passado não foi levado em consideração. Assim como a hegemonia no futebol francês, obrigatória, diante do potencial financeiro da família real catariana, dona do PSG.
Enquanto organizava sua farra no reveillon, Neymar só soube por mensagens de seus companheiros que Tuchel foi mandado embora e o argentino ficava com o cargo.
Foi um golpe para o brasileiro, que tinha suas vontades satisfeitas pelo alemão.
O argentino já começou a trabalhar forte hoje.
E teve o primeiro encontro com Neymar.
Depois da foto oficial, o treinador conversou com o brasileiro.
Tendo Leonardo e o presidente/dono do clube , Nasser Al-Khelaïfi, como testemunhas.
O atacante ouviu o quanto é sério o planejamento de Pochettino.
Percebeu que o trabalho será bem diferente do que era com Tuchel.
Esse encontro era previsto pela imprensa francesa.
Leonardo se cansou dos privilégios que os treinadores dedicaram ao brasileiro.
O jogador mais caro do mundo precisará ter um envolvimento maior com o clube.
Assim como suas farras, noitadas que desmoralizam o clube.
Para que siga existindo a chance de o PSG fazer a vontade maior do atacante e contratar Messi, cujo contrato termina em junho.
Antes disso, no entanto, nos dias 16 de fevereiro e dez de março, Pochettino e Neymar terão os dois primeiros grandes testes. Os confrontos com o Barcelona pelas oitavas de final da Champions League.
Pochettino tem por característica montar equipes compactas, com grande poder de marcação. E contragolpes velozes, objetivos, mortais.
Para que aconteçam as descidas rápidas, não há como Neymar ficar fazendo firulas egoístas com a bola, dando dribles desnecessários ou simulações infantis.
É nisso que o argentino focará com o brasileiro.
Em relação a Mbappé, seu individualismo também tem prejudicado o futebol coletivo do PSG.
Lógico que a cobrança não será pública.
O atacante brasileiro Lucas Moura, que trabalhou com Pochettino no Tottenham, sabe o quanto ele é rígido, disciplinador. E quanto exige de participação coletiva dos atacantes.
A vida de Neymar vai mudar no PSG.
Aliás, já mudou…
R7