A primeira reunião entre Corinthians e Caixa Econômica Federal para falar sobre a execução judicial da dívida pelo estádio do clube foi marcada para a próxima terça-feira (1º) em São Paulo. A ideia é que o encontro seja entre representantes técnicos do clube e do banco estatal.
A princípio, não haverá a presença do mandatário corintiano, Andrés Sanchez, ou do presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
O propósito é que a reunião na capital paulista possa encaminhar negociação que torne possível um acordo a ser acertado no final de outubro, quando Sanchez pretende ir a Brasília.
No último dia 12, a Caixa notificou o Corinthians sobre o início do processo de execução de R$ 536 milhões do empréstimo feito para a construção da arena em Itaquera. Neste ano, o Corinthians pagou apenas duas parcelas, e em atraso.
O clube disse ter sido pego de surpresa com a iniciativa do banco. Dirigentes afirmavam estar em renegociação do débito. No processo em que pediu autorização judicial para a execução, os advogados da Caixa alegaram terem esgotado todas as tentativas amigáveis de fechar um acordo.
No dia seguinte à execução, em 13 de setembro, Sanchez enviou ofício pedindo audiência com Pedro Guimarães. Em entrevista à reportagem, o executivo do banco disse não se opor a uma renegociação, mas que o Corinthians deveria apresentar uma “ótima justificativa” para a inadimplência.
Sanchez e Guimarães falaram por telefone após a notificação. A intermediação da conversa foi feita pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Amigo do presidente da Caixa, ele pediu autorização a Guimarães para passar seu número de celular para o dirigente corintiano.
Questionado no Parque São Jorge sobre a possibilidade da reunião, Sanchez disse desejar ir acompanhado por Maia, o que causou estranheza nos conselheiros, que desconheciam a participação do deputado. Eles pediram ao cartola que levasse Antonio Goulart, presidente do conselho deliberativo. Ele também ouviu pedidos para adotar um tom mais conciliatório em declarações públicas.
O presidente assentiu e prometeu levar Goulart quando for a Brasília, como representante dos conselheiros.
Bahia Notícias