A corregedoria da Fundação Casa abriu sindicância para investigar a morte de um agente educativo na noite desta terça-feira (4), na unidade em Marília (SP). Na ocasião 18 detentos fugiram, dos quais oito já foram recuperados, de acordo com a polícia. Francisco Calixto, de 51 anos, foi morto por quatro jovens após ser agredido com um cabo de vassoura. A apuração quer saber ainda como os internos conseguiram, além do cabo, uma caneta, ambos usados para ferir outros funcionários e matar o agente, que trabalhava na fundação há 15 anos e perdeu a vida no dia do seu aniversário. “Todos os adolescentes que estão custodiados na Fundação Casa em geral cometeram algum crime de natureza grave. No caso desses adolescentes, entre tráfico e roubo. A intenção desses adolescentes era fugir. Conseguimos identificar que havia um planejamento para a ocorrência da fuga e na tentativa de soltar um dos adolescentes, um servidor se opôs e um jovem acabou cometendo o homicídio”, explicou ao G1 Jadir Pires de Borba, corregedor-geral da Fundação Casa. A confusão começou durante um culto religioso. Três voluntários que direcionavam a cerimônia e cinco funcionários da instituição foram feitos reféns – um deles foi ferido no ouvido com a caneta. “Infelizmente um funcionário foi morto com uma brutalidade terrível. As informações iniciais constam que três menores o seguravam, um teria introduzido um cabo de vassoura em sua garganta, provocando a sua morte”, explicou o delegado Valdir Tramontini. Os internos envolvidos na rebelião deverão responder pelo motim e por lesão corporal. Um dos suspeitos, maior de 18 anos, está diretamente ligado à morte do agente e deverá responder por homicídio doloso por meio cruel. Os outros quatro adolescentes que participaram do crime ficarão à disposição da Vara da Infância e da Justiça.