Um jovem de 18 anos foi agredido com socos no rosto após se negar a revezar um equipamento em uma academia no bairro do Costa Azul, em Salvador. A vítima teve a mandíbula fraturada e o caso é investigado pela Polícia Civil. O agressor deverá ser ouvido na sexta-feira (28).
A câmera de segurança da academia flagrou toda a ação, que ocorreu no dia 5 de outubro. As imagens mostram o agressor e um amigo dele circulando próximo a Gustavo Pinheiro, que fazia exercício em um dos aparelhos.
O amigo do investigado tirou o peso dos aparelhos, em sinal de provocação à vítima. Gustavo então se levantou do equipamento e os três começaram a discutir. Neste momento, o agressor desferiu dois socos no rosto do jovem, que ficou caído ao chão.
Houve uma movimentação na academia para separar a vítima do agressor e algumas pessoas prestaram ajuda a Gustavo. O agressor foi identificado como Vagner Magalhães. Com dificuldade na fala por causa da lesão provocada pelos socos, Gustavo contou o que aconteceu.
“Eles me intimidaram a revezar. Não chegaram nem a pedir tranquilamente, já chegaram mais agressivamente. Aí eu respondi: ‘poxa, hoje eu não estou muito a fim, não estou muito legal’, mas ele não aceitou a minha resposta e já começou a discutir comigo. Perguntou se eu era o dono da academia, começou a me xingar. Eu estava discutindo com amigo dele, ele veio por trás do amigo e me bateu. Eu nem estava esperando”.
O advogado de Gustavo estava na academia no dia da agressão, mas não chegou a presenciar os socos, porque estava em outro andar.
“Eu fiquei surpreso porque houve uma gritaria muito grande. As pessoas estavam assustadas, alguns alunos chegaram até fazer o cancelamento da matrícula, assustados com tamanha agressividade”.
“Nós tomamos todas as medidas legais cabíveis, porque é assim que situações desse tipo têm que ser resolvidas. No primeiro momento, na seara criminal, nós fizemos o registro da ocorrência. Hoje existe um inquérito policial, que tramita na 9ª delegacia, onde o agressor é investigado pela prática do crime de lesão corporal grave e o delito de ameaça”.
O que diz a Academia
Por meio de nota, a academia informou que rescindiu o contrato com o agressor, e que ele não será aceito em nenhuma das unidades. A mãe de Gustavo, Adriana Pinheiro, teme pela saúde mental do filho.
“Eu não sei como é que vai ser para ele, psicologicamente. Ele continua circulando, mas se vai ser tranquilo ou não… ele passou a fazer acompanhamento psicológico, é uma situação de violência que gera muitas sequelas”, argumentou.
G1