O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, afirmou publicamente nesta quarta-feira (15) que deixa a cúpula da pasta quando se consolidar a substituição do ministro Luiz Henrique Mandetta.
Ao lado de Gabbardo e do secretário nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, em entrevista no Palácio do Planalto, o ministro elogiou o trabalho da equipe, que afirmou ter escolhido os secretários com base no currículo.
O nome de Gabbardo chegou, inclusive, a ser ventilado como possível substituto do atual ministro, que vem explicitando divergências em relação à condução da crise do coronavírus com o presidente Jair Bolsonaro.
“Eu conheci o ministro Mandetta em dezembro de 2018, na transição. Nunca tinha estado com o ministro Mandetta. Recebi o convite para ocupar essa função, aceitei. Eu tenho um compromisso com o ministro Mandetta. Ele me convidou. O dia que ele sair, saio junto com ele.”
Número dois do Ministério da Saúde, Gabbardo se disse disposto a permanecer o tempo que for preciso para a transição.
“Ano que vem eu completo 40 anos de Ministério da Saúde. Eu não vou jogar no lixo esse meu patrimônio. Eu, com certeza, se o presidente indicar uma nova equipe para o Ministério da Saúde, eu não vou abandonar o barco. Vou ficar no Ministério da Saúde durante todo o tempo que for necessário para fazer a transição, com toda a tranquilidade, porque eu tenho consciência de que a população espera uma continuidade desse trabalho. Não podemos por qualquer razão interromper isso, nem que seja por duas semanas, três semanas, isso pode ser muito significativo, o resultado dessa descontinuidade.”
Mandetta disse que toda a cúpula sai, mas que pediu aos subordinados que ajudem na transição.
“Todos aqui são cargos de confiança, não tem ninguém aqui que não seja cargo de confiança, e todos eles foram convidados por mim. É lógico que quando eu saio, todos eles colocam os cargos à disposição.”
Mandetta lembrou também que escolheu sua equipe com a análise do currículo de cada um.
“Todos aqui são cargos de confiança e foram convidados por mim. É uma equipe técnica”, afirmou.
“Minha equipe ei escolhi pelo currículo. A segunda coisa que eu fiz foi olhar no olho, para saber se era ente firme. Depois eu fui tesando. Hoje ela não é mais uma equipe. É uma família”, disse Mandetta ao lembrar que já pediram para ele demitir os integrantes do grupo diversas vezes.
R7