A Prefeitura de Salvador, através da Fundação Gregório de Mattos (FGM), promove na próxima quarta-feira (24), às 18h, o debate “Atendimento à Diversidade Cultural dos Territórios de Salvador nos Editais da Lei Aldir Blanc”, que traça a importância de se prever cotas aos produtores culturais pretos e pardos da cidade. A ação faz parte do Programa de Combate ao Racismo Estrutural (PCRI) e a conversa será transmitida no canal da instituição no YouTube (www. youtube. com/ channel/ UCuY4L3rrfuCwAryRnsniPMg).
A mesa de convidados será composta por Caroline Barreto (Projeto Modativismo – Prêmio Anselmo Serrat), Caroline Souza (Projeto Acervo da Laje – Prêmio Jaime Sodré) e Laura Juliana Borges Cruz (Associação Beneficente, Cultural e de Preservação e Tradição dos Valores Afro-Brasileiro – Unzo Maiala – beneficiária do Mapa Cultural).
Todos são produtores culturais pretos e pardos contemplados pelos prêmios e subsídios da Lei Aldir Blanc no ano de 2020, em Salvador. A mediação ficará por conta de Walter Pinto, gerente da Central de Projetos da Secretaria Municipal de Gestão (Geproj/Semge), e conselheiro do Conselho Municipal de Política Cultural de Salvador.
A discussão de cotas em editais públicos de cultura é ainda mais importante em uma cidade onde mais de 80% da população se declara preta ou parda, como é o caso da capital baiana. O mecanismo propõe distribuir melhor os recursos da cultura entre a população, bem como garantir que essa grande parcela da população seja amplamente contemplada pelos instrumentos de fomento à cultura da FGM.
Encontro – Na terça-feira (23), ainda dentro das ações do PCRI, a FGM realiza o encontro dos servidores com a secretária municipal da Reparação (Semur), Ivete Sacramento, e Eliane Boa Morte, coordenadora do Núcleo de Políticas Educacionais das Relações Étnico-Raciais da Secretaria Municipal de Educação (Nuper/Smed). Na ocasião, serão evidenciadas as contribuições da Conferência de Durban para o reconhecimento e valorização da herança cultural afro-brasileira.
O Programa de Combate ao Racismo Institucional é implementado pela Prefeitura a partir de um modelo internacional, sob a coordenação da Semur, para o combate ao racismo institucional e a promoção da igualdade racial em todos os órgãos e entidades da administração pública municipal.
Foto: Jefferson Peixoto/Secom