Duas das três vacinas em última fase de testes contra o coronavírus serão experimentadas em mais de 11 mil voluntários no Brasil. Além da ‘vacina de Oxford’, com testes iniciados em mais de 2 mil voluntários em SP e RJ, o governador de São Paulo João Doria anunciou os centros clínicos responsáveis pelo recrutamento de voluntários para a terceira fase de testes da Coronavac, vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech. Entenda, a seguir, o funcionamento dos dois imunizantes.
Vacina de Oxford
Com os testes iniciados em São Paulo e no Rio de Janeiro desde junho, a vacina é desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a AstraZeneca. O nome oficial do imunizante é ChAdOx1 nCov-19. Parte de seus estudos foram previamente realizados em 2012, ano dos primeiros surtos de Síndrome Respiratória Aguda causada pelos coronavírus no Oriente Médio.
Preparada por meio da combinação de um adenovírus inativados e proteínas do Sars-Cov-2, coronavírus que causa a covid-19, a ideia é produzir uma memória de defesa no organismo. De acordo com o infectologista Adilson Westheimer, coordenador do Departamento Científico de Infectologia da Associação Paulista de Medicina, a tecnologia utilizada pela vacina já é empregada em diferentes imunizantes.
Coronavac, a vacina chinesa
Na última quarta-feira (1º), o governador João Doria anunciou 12 centros clínicos responsáveis pelo recrutamento de 9 mil voluntários para testes com a Coronavac em centros de pesquisas de seis Estados: São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.
Coordenada pelo Instituto Butantan, em São Paulo, a vacina aguarda a liberação da Anvisa e deve iniciar os testes na próxima semana. A vacina é feita com fragmentos do vírus inativado. Segundo a Sinovac Biotech, empresa responsável pela vacina, os estudos foram bem-sucedidos em neutralizar dez cepas do coronavírus.
Com sede em Pequim, a empresa chinesa possui experiência na produção de vacinas contra febre aftosa, hepatite e gripe aviária.
Caso a comercialização seja aprovada, as duas vacinas serão distribuídas pelo SUS. Segundo informou o secretário executivo Elcio Franco, “a previsão é que esses lotes estão previstos para dezembro e janeiro, porque a vacina de Oxford é a mais avançada”
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