A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais que investiga as causas do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, quer marcar uma acareação entre funcionários da mineradora Vale.
O objetivo é colocar frente a frente quatro empregados da empresa para solucionar eventuais contradições em seus depoimentos. Segundo a Assembleia Legislativa, ainda não há data oficial para a realização da audiência.
Durante sessão nesta segunda-feira (4), o deputado Sargento Rodrigues (PTB) citou os nomes de Cristina Malheiros, César Augusto Grandchamp, Renzo Albieri e Artur Ribeiro e disse que a CPI marcaria uma data para realizar a acareação entre eles. Todos eles integravam a Gerência de Geotecnia Operacional da Vale.
Os três primeiros foram indiciados junto a outros 11 executivos e empregados da mineradora pela CPI do Senado, que entregou o relatório final na semana passada.
Durante uma audiência na CPI da Assembleia no dia 9 demaio, Cristina, Grandchamp, Albieri e Ribeiro foram citados por três engenheiros Gerência de Geotecnia Corporativa da mineradora como responsáveis técnicos pela barragem.
Quem é quem
Cristina Malheiros: responsável pelo monitoramento ‘in loco’ e manutenção da barragem. Disse à CPI da Assembleia que esteve na barragem dois dias antes do rompimento da barragem e que não identificou anomalias na estrutura.
César Augusto Paulino Grandchamp: foi responsável por assinar o laudo de estabilidade da barragem de Brumadinho, como representante legal da Vale. Em depoimento à CPI no Senado, ele negou que tenha sido pressionado por algum superior. Também disse que nunca ouviu que a barragem 1 estivesse em risco.
Renzo Albieri: responsável pelo monitoramento e manutenção da barragem 1 da mina Córrego do Feijão, Albieri disse em depoimento à CPI do Senado que a empresa acreditava na “estabilidade da estrutura”. Em e-mails que foram entregues à comissão o funcionário teria dito que a Vale não estava preparada para executar o plano de ação de emergência, em caso de rompimento.
Artur Ribeiro: acompanhava a inspeção e monitoramento técnico da barragem a cada 15 dias. Em depoimento à CPI da Assembleia disse que a situação da estrutura nunca exigiu que o plano de emergência fosse acionado.
R7