Mais de quatro mil corpos já foram sepultados este ano nos cemitérios públicos de Salvador, um crescimento de 60% em relação a todo o ano passado e o resultado é que estão faltando covas para novos sepultamentos na capital baiana.
Segundo a prefeitura da cidade, a procura é maior que a demanda, ou seja, morre mais gente do que a quantidade disponível de covas. No cemitério municipal de Paripe, por exemplo, os portões ficam fechados com cadeados e o terreno parece já estar lotado de corpos.
Quem não tem condições de pagar por um cemitério particular precisa esperar dias para enterrar o ente querido. Luciana Oliveira, por exemplo, não encontrou vaga nos cemitérios públicos de Salvador para sepultar a mãe e foi preciso deixar o corpo na sala de casa, por dias, até que aparecesse uma cova disponível para enterrar.
Salvador tem hoje seis cemitérios que não são particulares. Segundo a secretaria municipal de Ordem Pública da capital baiana, esses cemitérios chegam a receber quase cinco corpos por dia, cada um, e seria por causa disso que faltam espaços para enterrar os corpos. Ano passado, foram 2,500 enterros. Este ano, já foram mais de 4,000 – quase o dobro – , e 2016 ainda não acabou.
Segundo Josemir do Rosário, tem dias em que tem engarrafamento de corpos em sua funerária. Ele afirma que mesmo pagando R$ 1,450 por uma gaveta na Quinta dos Lázaros é difícil encontrar vaga no cemitério.
R7