Taxado como misógino e machista pelo seu posicionamento crítico contra a atriz Regina Duarte, hoje secretária de Cultura do governo Bolsonaro, o ator José de Abreu afirmou em conversa com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, que “fascista não tem sexo”.
Para Abreu, “não há como considerar o fascista um ser humano” e, por isso, “vagina não transforma uma mulher em um ser humano, assim como o pênis não me transforma em um machista misógino”.
Polêmico por expor seu posicionamento político, ele defende que “não dá para respeitar quem apoia o Bolsonaro” e que seus apoiadores devem ser “tratados no cuspe”, independente se for homem ou mulher.
Ele, no entanto, confessa que, talvez, ainda é um homem machista e misógino e se justifica com o tipo de educação que teve e com a sociedade da qual faz parte. “A cada dia eu tento ‘mulherar’. A cada dia eu sou menos machista, menos misógino. E tenho certeza disso”, acredita.
Nas declarações que foram feitas por meio de áudios à colunista, Abreu também afirmou que não vai mudar sua postura contrária ao governo por ter certeza de que não está errado com o que vem fazendo: “Eu não vou parar. Não vou parar. Eu sei que estou certo. A minha consciência diz que eu estou certo. E eu vou continuar nessa.”
Bahia Notícias