Os cuidados com a saúde ocular das crianças devem ser redobrados neste momento. Com a pandemia, novos hábitos foram incorporados à rotina dos pequenos: aulas online, mais tempo na internet para ver vídeos, jogar, ou para encontros virtuais com familiares e amigos. A exposição excessiva às telas tem aumentado os casos de miopia, que gera dificuldade para enxergar de longe.
O alerta é do oftalmologista pediátrico da Central Nacional Unimed, Caio Ragatieri, que também é professor de Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “O que mais assusta é o crescimento rápido dos casos de miopia. Crianças que tiveram aumento de um e meio, dois graus, de 2020 para cá”, comenta o médico, sobre a realidade que percebe no consultório. Um estudo realizado na China após um lockdown de cinco meses, no ano passado, mostrou que os casos de miopia nas crianças aumentaram em 400%.
Além do aumento do tempo de tela, a drástica redução das atividades ao ar livre também tem afetado a saúde ocular das crianças. “Elas têm a necessidade de tomar sol. A vitamina D e a dopamina liberadas pelos raios solares são importantes para o crescimento do globo ocular”, explica o médico.
Cuidado redobrado
Os pais ou responsáveis precisam ficar atentos a alguns sinais, que podem indicar problemas de visão. E é recomendável a visita de rotina ao oftalmopediatra.
“Dores de cabeça, irritação, vermelhidão ou lacrimejamento nos olhos ao assistir TV, usar o computador, tablet ou smarthfone podem indicar problemas de saúde ocular”, alerta o oftalmologista Caio Ragatieri. Ele explica que é preciso investigar qualquer queixa da criança nesse sentido ou em relação a dificuldades para enxergar.
Em muitos casos, os problemas de visão geram desinteresse e baixo rendimento escolar. “Nem sempre os sintomas estão claros, por isso, é necessário ter muita atenção”, diz. Dr. Ragatieri pontua alguns comportamentos que podem sinalizar algo errado: “A criança quer estar muito perto da TV, da tela do computador ou costuma segurar o livro bem perto dos olhos. Queixa-se de cansaço nos olhos, tudo isso inspira cuidados com a saúde ocular”, diz.
Genética
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 1,4 milhão de crianças no mundo apresentam perda de visão em algum grau, a maioria em regiões de baixa renda. No entanto, 80% desses casos poderiam ser evitados ou tratados, com o devido acompanhamento de oftalmopediatra.
Os problemas mais comuns, como miopia e hipermetropia, são transmitidos geneticamente. “Por isso, os pais com esse tipo de diagnóstico, ou com ocorrências em outros integrantes da família, devem ficar atentos aos sinais, nas crianças”.
Miopia
A miopia é um dos distúrbios da visão mais comuns entre crianças e está associada à genética. Nesse caso, as imagens não são focadas de maneira correta pela retina. Isso torna mais difícil enxergar objetos à distância.
“Por ser hereditária, não existem métodos de prevenção para evitá-la. Entretanto, evitar a fadiga ocular, causada pelo uso excessivo de computadores e smartphones, é uma medida importante”, adverte Dr. Ragatieri.
Hipermetropia
Na hipermetropia, os sintomas manifestados são opostos aos da miopia, ou seja, a criança com hipermetropia tem dificuldade de enxergar de perto.
Astigmatismo
O astigmatismo é caracterizado pela formação de vários pontos de foco de luz na retina, sendo que o normal seria apenas um. Também é hereditário e pode ocorrer juntamente com a miopia ou a hipermetropia. “O problema causa uma vista embaçada, dificultando a visão de perto e de longe”, afirma o médico.
Ambliopia
A ambliopia, conhecida como olho preguiçoso, consiste na perda parcial da visão em um olho, podendo acometer também os dois olhos.
O tratamento precisa ser precoce, assim que identificado, para ser efetivo. Caso o quadro não seja identificado e tratado até os 7 anos de idade, a ambliopia pode implicar numa grande perda de visão difícil de ser revertida.
Estrabismo
Popularmente conhecido como vesguice, o estrabismo consiste na perda do paralelismo dos olhos. A condição é hereditária e a criança já nasce com ela. “Vale a pena ressaltar que muitas vezes o estrabismo não tratado pode causar também ambliopia. Por isso, caso a criança nasça estrábica, é necessário avaliar imediatamente os impactos na visão com um oftalmologista”, alerta.
Sobre a Central Nacional Unimed
A Central Nacional Unimed é a operadora nacional dos planos de saúde empresariais da marca Unimed e sexta maior do País em número de beneficiários.
Faz parte do Sistema Unimed, composto por 345 cooperativas médicas presentes em 84% do território nacional, que compartilham os valores do cooperativismo e o trabalho para valorização dos médicos e da medicina. Sua carteira é composta por cerca de 1,8 milhão de clientes de grandes corporações nacionais e multinacionais, além de produtos PME e foco regional em Salvador, Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus, Itabuna, Ilhéus, São Luís, Brasília e São Paulo.
Além de operacionalizar planos de saúde nessas localidades, também é responsável por complementar o portfólio das singulares sócias, em linha com as macropolíticas comerciais definidas para o Sistema Unimed.
Com o propósito de viabilizar a intercooperação, estabelecendo ações conjuntas com a Unimed do Brasil, Unimed Participações, Seguros Unimed e Fundação Unimed, visa fortalecer a governança sistêmica e presença institucional da marca, gerar trabalho e renda para seus cooperados, e cuidar com excelência dos clientes Unimed.
A Central Nacional Unimed é considerada ainda uma das melhores empresas para se trabalhar (Guia 150 Melhores Empresas para Trabalhar), para se iniciar a carreira (Guia Melhores Empresas para Começar a Carreira) e a melhor companhia de prestação de serviços de saúde em 2020 (Ranking “Melhores e Maiores”).