Em interrogatório de três horas, o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) negou mais uma vez que tenha contas no exterior, fez um pedido de liberdade ao juiz Sérgio Moro e leu uma carta afirmando que tem um aneurisma cerebral.
O ex-deputado também afirmou que o presidente Michel Temer se equivocou em uma resposta enviada ao juiz Sérgio Moro relacionada ao processo em que ele, Cunha, é réu no âmbito da Operação Lava Jato.
Em uma das 41 perguntas que o deputado cassado fez a Michel Temer, chamado como testemunha de Cunha, o presidente afirmou que não houve uma reunião no Palácio do Planalto, em 2007, com o então ministro das Relações Institucionais Walfrido dos Mares Guia para tratar de nomeações na Petrobras. No interrogatório dessa terça-feira (7), Cunha rebateu Temer.
Procurado, o Palácio do Planalto disse que não iria se manifestar sobre as afirmações de Cunha.
O deputado cassado também fez um pedido de liberdade a Sérgio Moro, afirmando que no Complexo Médico Penal, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, os presos da Lava Jato estão misturados com condenados por crimes violentos e, por isso, estão em risco.
Sérgio Moro negou o pedido e manteve, por enquanto, a prisão de Cunha.
Cunha é acusado de receber propina no valor de R$ 5 milhões em contrato para a compra de um campo de petróleo, pela Petrobras, no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. A defesa de Cunha nega as acusações.
Os advogados do deputado cassado protocolaram um pedido de liberdade para Eduardo Cunha.
ebc