A defesa do Deputado Lúcio Vieira Lima pediu à Câmara a realização de uma nova perícia nos R$ 51 milhões apreendidos pela Polícia Federal em um apartamento aqui em Salvador.
O dinheiro já foi periciado pela Polícia Federal, que encontrou as digitais do irmão dele, o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Lúcio é alvo de um processo no conselho de ética por suposta quebra de decoro parlamentar. O processo pode levar à cassação do mandato.
O deputado do MDB, o ex-ministro Geddel e a mãe dos dois, Marluce Vieira Lima, são réus no Supremo Tribunal Federal por suspeita de envolvimento com o dinheiro.
Segundo o Ministério Público Federal, os R$ 51 milhões podem ser de propinas da construtora Odebrecht, de repasses do operados financeiro Lúcio Funaro e de desvios de políticos do MDB
No documento apresentado ao conselho de ética da Câmara, os advogados argumentam que, com a nova perícia, será possível provar a inocência de Lúcio no caso do Bunker de Salvador.
A defesa também pediu:
Perícia nas contas bancárias de Job Brandão (ex-assessor da Câmara), no período de 2011 a 2017;
Quebra de sigilo telefônico do NIP da Superintendência da Polícia Federal da Bahia relativo ao dia 14 de julho de 2017, com a finalidade de “verificar quais números ligaram para o referido telefone, e assim identificar a cadeia de custódia da prova e o teor exato da denúncia”.
Segundo os advogados de Lúcio Vieira Lima, os pedidos, se atendidos, servirão para “demonstrar que as acusações impostas não passam de ilação”.